Klavi, startup que leva o Open Finance às fintechs, capta US$ 15 milhões
Fundada em 2020, a Klavi pretende facilitar o acesso de instituições financeiras aos dados de seus clientes
Maria Clara Dias
Publicado em 11 de agosto de 2022 às 13h43.
Última atualização em 11 de agosto de 2022 às 13h55.
A Klavi, startup que oferece serviços e integrações de software para instituições financeiras, anunciou captação de US$ 15 milhões para ampliar seu portfólio de serviços e APIs ligadas ao Open Finance.
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A rodada série A foi liderada pelos fundos de venture capital Iporanga Ventures e Parallax Ventures e contou com a participação de GSR Ventures, que já investiu em gigantes de tecnologia e unicórnios, como DiDi, dona da 99. A provedora de infraestrutura bancária CIP S.A e o Vivo Ventures, braço de corporate venture capital da Vivo, também entraram na rodada.
O que faz a Klavi?
Fundada em 2020 por Bruno Chan e Stone Zheng, a Klavi nasceu do objetivo de facilitar o dia a dia de fintechs em transição para o Open Finance, modelo financeiro que permite o acesso e compartilhamento de dados de clientes sem muita fricção entre diferentes instituições financeiras.
Para isso, a fintech desenvolve uma série de integrações, as chamadas APIs, que podem ajudar essas empresas a acessarem essas informações — e então oferecerem os melhores produtos para cada perfil de consumidor.
Entre os principais clientes da Klavi estão empresas, institiuições financeiras e de crédito mais tradicionais como Telefônica, BV e Portocred e também fintechs como
- Mepoupe;
- Gorila;
- Jeitto;
- Supersim;
- Simplic;
- Portocred;
- Zippi.
Como a empresa vai usar o aporte
Os recursos da série A devem ajudar a Klavi a acelerar o lançamento de novas funções a partir de alguns investimentos em tecnologia. Segundo a empresa, algumas inovações em processamento de dados e a incorporação de informações que vêm de fontes como a própria CIP S.A., nova investidora, também estão nos planos.
Com o investimento, a Klavi também espera alcançar uma base de mais de 100 clientes ativos até o final do ano, e estender isso a pelo menso 500 até dezembro de 2023. "Vamos facilitar e acelerar a entrada de novos players, por meio das nossas tecnologias SaaS", diz Chan, CEO da Klavi.
Até o momento, a plataforma da Klavi já processou mais de 450 milhões de transações e realizou mais de 4 milhões de conexões em instituições financeiras, birôs, fintechs e startups.
Novos produtos
Para o futuro, a Klavi pretende criar produtos com base em algumas ineficiências destas primeiras fases do open finance no país. "Empresas que participam do Open Finance hoje ainda têm dificuldade em gerar valor e receita a partir disso, e é um problema que estamos resolvendo", diz.
Para isso, além das informações ligadas às transações feitas em bancos, algumas soluções da Klavi também criou um produto que permite às instituições o acesso a dados como pagamento de boletos, por exemplo, em busca de maior visibilidade sobre o histórico financeiro de cada usuário.
Até o final do ano, a startup deve também lançar seu primeiro score de crédito ligado ao open finance — e também o primeiro no Brasil. Assim como o score tradicional, a avaliação da Klavi também avalia o risco a partir do histórico financeiro, mas com o diferencial de avaliar a integração de dados que circulam neste modelo aberto.
Em outra frente, a fintech pretende chegar a outros mercados na América Latina, como México e Colômbia. "Vamos gastar bastante tempo olhando, estudando e indo para esses mercado nos próximos 12 meses", diz.
Segundo Chan, a Klavi pode ainda passar um por closing, como extensão da captação atual, nos próximos 90 dias.