Kia Motors quer mais que dobrar venda de veículos no país em 2018
Com a projeção de vender 8 mil carros este ano, a maior importadora de veículos do país espera chegar ao volume de 20 mil no ano que vem
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de julho de 2017 às 10h22.
Última atualização em 6 de julho de 2017 às 10h45.
São Paulo - Maior importadora de veículos no Brasil, a Kia Motors pretende mais do que dobrar as suas vendas em 2018, afirmou nesta quarta-feira, 5, o presidente da marca no País, José Luiz Gandini, que também preside a Abeifa, associação que representa as empresas importadoras de veículos no Brasil.
Para este ano, a Kia projeta vender 8 mil carros. Para o ano que vem, o objetivo é chegar ao volume de 20 mil unidades. "Eu preciso vender 20 mil para poder manter viva a minha rede de lojas", disse o executivo, após coletiva de imprensa em São Paulo.
Hoje, a Kia conta com 100 concessionárias em todo o Brasil. Em 2011, quando chegou a vender 80 mil carros, época em que o mercado de importados foi favorecido por um dólar abaixo de R$ 2,00, a empresa tinha 180 lojas.
No entanto, com a sobretaxação implementada pelo governo Dilma Rousseff para veículos importados, no âmbito do Inovar-Auto, e o estouro da crise econômica em 2015, o mercado de importados perdeu força e a Kia se viu obrigada a fechar boa parte da sua rede.
Passado o pior momento da crise, a rede de lojas se mantém estável em 2017, disse Gandini. "Quem tinha que fechar já fechou", afirmou. Agora, com a expectativa de melhora para 2018, ele espera reabrir novas concessionárias. Se atingir a meta de vender 20 mil carros, número que ele considera realista, é possível que a rede cresça para algo em torno de 110 lojas.
Ainda de acordo com o executivo, a expectativa de melhora para o ano que vem se sustenta, principalmente, no fim da sobretaxação para veículos importados, que acaba no dia 31 de dezembro de 2017, junto com o Inovar-Auto, regime automotivo que estabeleceu regras para o setor durante cinco anos.
Pelo Inovar-Auto, as marcas que importam veículos têm uma cota para importar sem a sobretaxação, número que varia para cada empresa, mas que não pode superar 4,8 mil unidades.
Ao superar essa cota, o governo cobra 30 pontos porcentuais a mais na alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).