Negócios

Jeff Bezos é processado por ex-governanta por racismo e jornadas exaustivas

Mercedes Wedaa alega que era discriminada por ser hispânica e que trabalhava até 14 horas por dia

Jeff Bezos: fundador da Amazon é processado por ex-governanta por racismo e jornadas exaustivas (Andrew Harrer/Bloomberg/Getty Images)

Jeff Bezos: fundador da Amazon é processado por ex-governanta por racismo e jornadas exaustivas (Andrew Harrer/Bloomberg/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 3 de novembro de 2022 às 09h13.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, está sendo processado por uma ex-governanta que alega que sofria racismo da equipe de seu patrão por ser hispânica e que era submetida a longas jornadas de trabalho, sem condições sanitárias adequadas e sem pausas para descanso ou refeições.

Quer receber os fatos mais relevantes do Brasil e do mundo direto no seu e-mail toda manhã? Clique aqui e cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Mercedes Wedaa, que trabalhou para a equipe de Bezos em setembro de 2019, supervisionava uma equipe de cinco a seis empregadas domésticas e tinha jornadas que variavam de 10 a 14 horas por dia, segundo processo aberto numa corte de Seattle na última terça-feira.

A equipe de Wedaa não tinha horário de descanso pré-determinado, nem uma área para repousar. Também não tinha disponível banheiros de fácil acesso. As empregadas precisavam comer na lavanderia e eram proibidas de usar o banheiro mais próximo, que ficava na sala de segurança. Elas precisavam sair por uma janela para ter acesso a um outro banheiro, segundo a queixa apresentada à Justiça.

“Nós investigamos essas queixas e elas eram sem fundamentos, vamos nos defender contra essas acusações”, afirmou, por e-mail, Harry Korrell, advogado que representa Bezos e as outras pessoas acusadas por Wedaa.

LEIA TAMBÉM: Indiano Gautam Adani supera Jeff Bezos como 2ª pessoa mais rica do mundo

'Funcionário agressivo'

Segundo o processo na Justiça, um dos funcionários de Bezos responsável por gerenciar a equipe de empregadas domésticas se tornou “agressivo e abusivo” com Wedaa, tratando ela e outras funcionárias de origem hispânica de maneira diferente do que os empregados brancos que trabalhavam como jardineiros ou em serviços de manutenção.

“As leis trabalhistas determinam que os trabalhadores precisam ser pagos pelos serviços que prestam e precisam ter condições de trabalho seguras e saudáveis” disse Patrick McGuigan, advogado de Wedaa, que pede o pagamento retroativo de salários e benefícios, além de indenização por danos morais.

O caso Wedaa versus Bezos foi apresentado em uma corte estadual de Seattle. As empresas Zefram LLC e Northwestern LLC, que cuidam da gestão dos imóveis de Bezos, também aparecem como acusadas.

Acompanhe tudo sobre:Amazonjeff-bezosProcessos trabalhistas

Mais de Negócios

Mercado de franquias fatura R$ 70,2 bi no 3º trimestre, crescimento de 12,1%, revela ABF

10 franquias baratas para investir com o 13º salário a partir de R$ 300

A tokenização agora tem o próprio "ChatGPT" — e ainda é brasileiro; entenda como funciona

Da automação à IA LLMs: O novo paradigma da eficiência nos negócios