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Incorporadoras registram mais um trimestre de perdas

As perdas das empresas decorreram sobretudo do encolhimento de suas operações, o que inibiu a diluição das despesas

Incorporadoras: distratos (desistência de contratos de compra) e queda no faturamento também prejudicaram os resultados (Alexandre Battibugli/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 09h49.

A maioria das incorporadoras do país teve mais um trimestre de resultados negativos: Tecnisa , Cyrela, Gafisa, Direcional e Rodobens registraram prejuízo entre abril e junho. As perdas das empresas decorreram sobretudo do encolhimento de suas operações, o que inibiu a diluição das despesas. Distratos (desistência de contratos de compra) e queda no faturamento também prejudicaram.

A Tecnisa encerrou o período com prejuízo líquido de R$ 139,9 milhões, conforme balanço publicado ontem. O prejuízo foi 52,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 91,8 milhões. No acumulado do semestre, as perdas cresceram 127,6%, totalizando R$ 203,4 milhões. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 85,185 milhões, piora de 18,5%.

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Já o prejuízo da Cyrela ficou em R$ 141 milhões, ante lucro de R$ 44,7 milhões no segundo trimestre de 2016. No semestre, as perdas acumuladas ficaram em R$ 137 milhões.

A incorporadora Gafisa encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido consolidado de R$ 180 milhões, o que representa um crescimento de 368% nas perdas em comparação com o mesmo período do ano passado. A Alphaville, empresa de loteamentos em que a Gafisa detém participação, respondeu por R$ 35,8 milhões do prejuízo no trimestre. O resultado da companhia também sofreu um impacto negativo de R$ 9,54 milhões devido à baixa nas operações da ex-susidiária Tenda, resultado do processo de separação da construtora concluído em maio.

Reversão

A Direcional, por sua vez, apresentou prejuízo de R$ 29,7 milhões, revertendo o lucro de R$ 22 milhões do segundo trimestre de 2016. Influenciadas pela variação negativa do IGP-M e por descontos financeiros concedidos no período, as perdas da Rodobens subiram 35%, chegando a R$ 35 milhões.

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