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Heineken anuncia venda da operação na Rússia por guerra na Ucrânia

A Heineken já havia suspendido vendas anteriormente, mas decidiu agora pela venda total do negócio, disse o grupo holandês

Heineken: cervejaria vai deixar totalmente a Rússia (AFP/Divulgação)

Heineken: cervejaria vai deixar totalmente a Rússia (AFP/Divulgação)

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AFP

Publicado em 28 de março de 2022 às 08h57.

Última atualização em 28 de março de 2022 às 09h01.

O grupo cervejeiro holandês Heineken anunciou nesta segunda-feira, 28, a saída da Rússia, no mais recente caso de uma empresa ocidental a abandonar o mercado russo devido à guerra na Ucrânia.

Anteriormente, a segunda maior produtora da cerveja do mundo já havia suspendido as vendas e a produção de sua marca na Rússia. Além disso, também havia bloqueado novos investimentos e exportações para o país neste mês.

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"Estamos muito chocados e tristes ao observar que a guerra na Ucrânia continua e está se intensificando", afirmou a Heineken em um comunicado.

"Após a revisão estratégica de nossas operações já anunciada, concluímos que a propriedade da Heineken nos negócios na Rússia não é mais sustentável ou duradoura no contexto atual", completou a empresa.

A Heineken indicou que busca "uma transferência ordenada" dos seus negócios para um novo proprietário, de acordo com as leis internacionais e locais.

Também afirmou que não quer ter lucro com a transação, que custará à empresa quase 400 milhões (US$ 438 milhões) em encargos.

A empresa explicou que continuará operando em regime reduzido durante um período de transição, para minimizar o risco de uma nacionalização e "garantir a continuidade da segurança e bem-estar de seus funcionários".

"Em qualquer circunstância, vamos garantir os salários dos nossos 1.800 funcionários, que continuarão a receber até o fim de 2022 e faremos o que possível para proteger seus empregos", acrescentou em comunicado.

Centenas de empresas ocidentais fecharam suas lojas e escritórios na Rússia desde o início da guerra.

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