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Harry Potter e a Ordem das Três Máquinas de Dinheiro da Warner

O filme Animais Fantásticos e Onde Habitam liderou as paradas em seu 1º fim de semana, com US$ 74,4 milhões em vendas de ingressos nos EUA e no Canadá

J. K. Rowling: a nova franquia é apenas uma parte de sua estratégia para enfrentar rivais como a Walt Disney (Neil Hall/Reuters)

J. K. Rowling: a nova franquia é apenas uma parte de sua estratégia para enfrentar rivais como a Walt Disney (Neil Hall/Reuters)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 15h39.

Última atualização em 22 de novembro de 2016 às 17h24.

Nova York/Los Angeles - Passaram cinco anos desde que Harry Potter apareceu na telona para enfrentar Lord Voldemort e fechar uma saga de oito filmes que arrecadou quase US$ 8 bilhões em bilheteria em todo o mundo.

No último fim de semana, a Warner Bros. ressuscitou com sucesso o adorado mundo mágico de J.K. Rowling com um spinoff prequel (produção que relata acontecimentos da série original) que rendeu ao estúdio um impulso muito necessário.

O filme Animais Fantásticos e Onde Habitam liderou as paradas em seu primeiro fim de semana, com US$ 74,4 milhões em vendas de ingressos nos EUA e no Canadá.

O resultado superou algumas projeções e ficou abaixo de outras, mas para a companhia o filme atingiu a melhor das expectativas.

Foi o melhor fim de semana de abertura de um filme da Warner Bros. em alguns países, como no Reino Unido, gerando US$ 145,5 milhões em 63 territórios estrangeiros, informou o estúdio na segunda-feira.

Seu sucesso financeiro e de crítica, com avaliações em grande parte positivas, é uma vitória para Kevin Tsujihara, o CEO da Warner Bros., e para o plano de seis anos que ele traçou em 2014.

A nova franquia é apenas uma parte de sua estratégia para enfrentar rivais como a Walt Disney.

Com uma série de filmes ligados a personagens e histórias da DC Comics e baseados no Lego, Tsujihara está de olho em um trio de atrações altamente lucrativo.

A história de Animais Fantásticos de Newt Scamander e suas criaturas mágicas é a primeira de uma saga de cinco filmes que começa em 1926 e termina em 1945.

Diferentemente do lançamento de Harry Potter e a Pedra Filosofal, de 2001, ou de Batman vs Superman: A Origem da Justiça, Animais Fantásticos é baseado em propriedade intelectual totalmente nova e não em romances ou quadrinhos que já são sucessos de vendas.

Tsujihara usou o Twitter para felicitar Rowling, que aprendeu a escrever roteiros sozinha. “Mal podemos esperar pelos próximos quatro filmes!”, publicou ele.

A Warner Bros. enfrenta a dura concorrência da Disney, que lidera o setor com 24 por cento de participação de mercado graças aos lançamentos de cada um de seus cinco estúdios neste ano.

Entre eles estão as máquinas de sucesso Marvel Entertainment e Lucasfilm. O esforço da Warner Bros. com super-heróis teve um início de ano complicado, com direito a duras críticas a Batman vs. Superman e a Esquadrão Suicida.

Animais Fantásticos é uma grande aposta da Warner. A produção custou US$ 180 milhões -- sem incluir marketing --, mais do que alguns filmes originais de Harry Potter.

A série original teve uma margem de lucro média de cerca de 55 por cento (incluindo receitas de licenciamento para home video e TV), muito mais do que a fatia de um filme comum, de cerca de 20 por cento, segundo Geetha Ranganathan, analista de mídia da Bloomberg Intelligence.

“Não tenho certeza se o filme será uma máquina de dinheiro como Harry Potter”, disse Ranganathan. “Mas se sairá muito bem.”

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