Page e Brin: Goolge estuda pedir que seus fundadores proponham emprego à equipe do Facebook (Reprodução de EXAME.com)
Luísa Melo
Publicado em 15 de julho de 2014 às 09h36.
São Paulo - O Google esteve estudando mandar seus cofundadores, Larry Page e Sergey Brin, recrutarem pessoalmente funcionários do concorrente Facebook, segundo o Wall Street Jornal.
De acordo com o jornal, a gigante ainda instituiu uma política pela qual se compromete a apresentar, dentro de uma hora, uma contraproposta a trabalhadores sondados pela empresa de Mark Zuckerberg.
A reportagem diz que as informações foram reveladas em documentos recém divulgados de um processo judicial em que 64.000 profissionais de tecnologia acusam Google, Apple, Intel e Adobe de conspirar para não recrutar os talentos umas das outras.
Os papéis, conforme afirma o jornal, deixam claro como o Facebook, que nunca teria feito parte do "acordo", quebrou o esquema amigável bolado pelas companhias. E-mails divulgados anteriormente teriam mostrado também que a preocupação do Google começou por volta de 2007, quando o Facebook investiu em propostas "agressivas" a funcionários da empresa.
Tais documentos teriam sido publicados na sexta-feira pela juíza norte-americana Lucy Koh, que cuida do caso. Ainda de acordo com o Wall Street Journal, foi firmado um acordo de 324 milhões de dólares entre as partes, mas ele ainda não foi assinado pela juíza. Os trabalhadores teriam pedido, inicialmente, 3 bilhões de dólares de indenização.
As mensagens
Segundo o diário, em um dos e-mails revelados, dois integrantes do conselho de administração do Google (o presidente da Intel, Paul Otellini, e John Doerr) sugerem que Sergey Brin e Larry Page abordem pessoalmente os funcionários do Google para tentar contratá-los.
Na mesma mensagem, um dos diretores de operações de segurança da empresa, Shannon Deegan, teria ponderado: "eu não concordo que nós devemos pedir a Larry e Sergey para procurarem Facebookers". "Isso vazará rapidamente e não pegará muito bem".
Em novembro de 2007, teria vazado também um alerta que um gerente de engenharia teria enviado a seus chefes dizendo que funcionários estavam trocando e-mails sobre o Google "oferecer contrapropostas em menos de uma hora a funcionários que comunicavam ter recebido uma oferta do Facebook".
De acordo com o jornal, não há evidências de que os cofundadores do Google tenham, de fato, abordado a equipe do concorrente.