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EUA poupam aparelhos da Apple em tarifas, mas atingem serviços de nuvem

Trump ampliou sua guerra comercial com a China, impondo 10 por cento tarifas sobre o equivalente a 200 bilhões de dólares em importações chinesas

EUA pouparão os relógios da Apple e alguns outros aparelhos pessoais da mais recente rodada de tarifas a China (Aly Song/Reuters)

EUA pouparão os relógios da Apple e alguns outros aparelhos pessoais da mais recente rodada de tarifas a China (Aly Song/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de setembro de 2018 às 10h52.

Os Estados Unidos pouparão os relógios da Apple e alguns outros aparelhos pessoais da mais recente rodada de tarifas impostas sobre bens chineses, de acordo com uma lista de produtos divulgada segunda-feira pelo Representante do Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês).

No entanto, partes para servidores de computadores e equipamento de rede usados em centros de dados em nuvem e serviços de internet agora enfrentam um encargo, assim como algumas peças para máquinas usadas na fabricação de semicondutores.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ampliou sua guerra comercial com a China segunda-feira, impondo 10 por cento tarifas sobre o equivalente a 200 bilhões de dólares em importações chinesas e alertou que se a China tomar medidas de retaliação contra os setores agrícola e industrial dos EUA, "nós vamos imediatamente avançar para a fase três, que envolve tarifas sobre aproximadamente 267 bilhões de dólares de importações adicionais".

A proposta da administração levou a protestos de empresas de tecnologia anteriormente neste ano, mas a lista final de equipamentos tarifados pelo USTR evita muitos grandes nomes de marcas de consumo e produtos.

O iPhone não estava entre a ampla lista de produtos que a Apple disse a reguladores que seriam atingidos pela rodada de tarifas sobre bens equivalentes a 200 bilhões de dólares em uma carta de 5 de setembro para autoridades comerciais. A Apple temia por seu Apple Watch e seus fones sem fio AirPods, mas ambos foram deixados de fora da lista anunciada segunda-feira.

A nova rodada de tarifas entra em vigor em 24 de setembro com um encargo de 10 por cento, que sobe para 25 por cento em 1º de janeiro de 2019.

Entretanto, se Trump expandir as tarifas para um adicional de bens equivalentes a 267 bilhões de dólares, quase toda a importação chinesa seria afetada, incluindo o iPhone, assim como todos outros smartphones. As ações da Apple caíram 0,7 por cento, a 216,29 dólares no after market da véspera.

As ações de fornecedores da Apple em Taiwan e na China caíram nesta terça-feira. Os papéis da Foxconn, uma fabricante de Taiwan formalmente conhecida como Hon Hai Precision Industry, caíram 2,6 por cento, enquanto as ações da Pegatron recuaram 1,37 por cento. A fabricante de lentes para câmeras Largan Precision despencaram quase 10 por cento.

Apesar das exclusões, alguns produtos que ajudam a operação de redes de computadores, como roteadores, vão permanecer na nova lista, disse a autoridade.

Isso pode afetar empresas menores de tecnologia, como Eero, uma startup que fabrica roteadores de uso doméstico e que havia pedido para ser excluída das tarifas. Juntando tudo, cerca de 300 categorias de produtos foram deixadas de fora, incluindo alguns aparelhos pessoais fora do setor de tecnologia, como capacetes para bicicletas e cadeiras para transportar crianças em carros.

A Apple não respondeu ao pedido da Reuters por comentário e a Eero se recusou a comentar. O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, teve um jantar com o presidente dos EUA no mês passado, mas nenhum detalhe das discussões foi divulgado.

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