Tonny Martins, presidente da IBM América Latina (IBM/Divulgação)
Content Writer
Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 15h31.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2025 às 16h01.
A incorporação de novas tecnologias (em especial aquelas que se relacionam com a inteligência artificial) não é mais uma opção para os CEOs. Para Tonny Martins, presidente da IBM América Latina, essa é uma prioridade absoluta.
Esse foi o tema central do evento ‘Tendências 2025: Inovação Sustentável com IA Centrada nas Pessoas’, promovido pela Saint Paul e EXAME, nesta terça-feira (25), com a participação de alunos, ex-alunos e membros da comunidade dos High Impact Programs com profissionais em cargos da alta liderança.
Martins destacou que o futuro das empresas passa, inevitavelmente, pela inovação tecnológica. “Não existe mais desenvolver modelos de negócios sem pensar em tecnologia. É preciso pensar com o olhar de inovação”, afirmou.
Um estudo da IBM, conduzido com 400 líderes globais, corrobora com o discurso do executivo e aponta as cinco principais tendências que irão moldar o mercado em 2025. Dentre as projeções, a IA aparece no centro.
Se a internet foi o motor econômico dos últimos 30 anos, a IA promete um impacto ainda maior e em menos tempo. Estudos da McKinsey Global Institute estimaM que a tecnologia poderá adicionar cerca de US$ 13 trilhões ao PIB global até 2030. Para a PwC, esse valor pode chegar a US$ 15 trilhões.
Mas Martins pondera que a corrida pela inteligência artificial não é apenas sobre ganhos financeiros. Para ele, “a capacidade e o impacto da tecnologia nos modelos de negócios vão definir a competitividade futura das empresas.”
Para empresas que querem aproveitar ao máximo o potencial da IA, há três pilares para ficar de olho. Veja, abaixo, quais são eles.
Enquanto as oportunidades de crescimento se multiplicam, um desafio crítico permanece: a sustentabilidade. Tecnologias como a IA demandam alto consumo de energia, revela o executivo da IBM. Segundo ele, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é responsável por 6% das emissões globais, enquanto os data centers consomem entre 3% e 4% da energia mundial. “Isso precisa ser sustentável”, alertou Martins.
No entanto, as iniciativas verdes ainda têm pouca presença nas estratégias de longo prazo das empresas. Segundo Martins, quatro fatores explicam essa dificuldade:
Para Martins, a IA pode ser uma ferramenta fundamental para mitigar os impactos ambientais causados pela própria tecnologia.
Entre as vantagens da combinação entre IA e sustentabilidade estão a capacidade de estruturar agendas de longo prazo e de gerar impactos positivos em toda a cadeia produtiva. “A inteligência artificial se beneficia e também impacta positivamente a agenda ESG", diz ele. "O grande desafio é gerar resultados concretos”, concluiu o executivo.
Em um cenário no qual tecnologia e sustentabilidade se cruzam, a prioridade dos CEOs está clara - e o desafio também: inovar sem comprometer o futuro.