Negócios

Do quase colapso ao topo: como a Lego evitou a falência com apenas uma nova estratégia?

Prestar atenção nas finanças corporativas foi a estratégia que permitiu à Lego fugir da falência e retomar sua posição de liderança no mercado de brinquedos

 (AFP)

(AFP)

Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

Content Writer

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 09h49.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 11h13.

Construir uma marca sólida e respeitada pelo mercado demanda tempo e dedicação. Mas basta um pequeno descuido financeiro para colocar tudo a perder. Se nem mesmo as organizações centenárias estão imunes, as pequenas e médias também precisam estar alertas, pois o risco pode ser ainda maior.

Foi isso o que aconteceu com a Lego. Apesar de ser a maior e mais lucrativa fabricante de brinquedos do mundo, a companhia passou por uma grave crise financeira em 2003. Por pouco, a empresa que acumula fãs de todas as idades e por todos os países quase chegou à falência total. Foi preciso adotar uma solução simples, mas assertiva, para evitar o colapso e voltar a prosperar.

Capacite-se em Finanças: por tempo limitado, EXAME libera acesso ao seu pré-MBA em Finanças Corporativas – garanta sua vaga aqui

Por que a Lego quase fechou as portas?

Os brinquedos em formato de blocos de construção são marca registrada da Lego, que faz isso há décadas e com frequência é vista como referência nesse segmento. Mas, no começo dos anos 2000, a empresa tomou uma decisão arriscada. Além dos tradicionais produtos, a Lego resolveu expandir o seu portfólio e incluir videogames, roupas, parques temáticos e filmes.

Mas essa mudança trouxe prejuízos financeiros para a companhia. Com uma estrutura mais complexa, os custos de produção aumentaram e o foco no que a Lego faz de melhor – produzir blocos de construção – ficou em segundo plano.

Em 2003, a empresa registrou um prejuízo de US$ 238 milhões, chegando bem perto da falência. “Foram dias sombrios na Lego”, contou Jake McKee, executivo da Lego entre 2000 e 2006, em uma entrevista para o National Geographic.

Como a Lego evitou o colapso

Em uma medida emergencial, Jorgen Vig Knudstorp recebeu a missão de resgatar a empresa que por décadas foi sucesso de vendas e público. Para se livrar da dívida milionária, o novo CEO olhou com cuidado para as finanças corporativas, que são a base de uma empresa e precisavam de atenção.

O empresário dinamarquês começou eliminando produtos que não eram lucrativos para a Lego. A decisão serviu para garantir que recursos e esforços estariam sendo investidos em setores que pudessem garantir retorno. Isso incluiu abandonar o portfólio de vestuário, eletrônicos e entretenimento – que foi retomado após a empresa recuperar sua relevância no mercado.

Liberadas com exclusividade: aulas introdutórias ao MBA em Finanças Corporativas mostram como conquistar essa habilidade de ouro

Além disso, investiu em melhorias operacionais. Fábricas ineficientes foram fechadas e produções foram transferidas para locais mais econômicos. O objetivo era alcançar um fluxo de caixa mais saudável, reduzir custos operacionais e otimizar a gestão da cadeia de suprimentos.

A Lego também restabeleceu compromissos com a inovação e a qualidade dos produtos. Justamente por simplificar seu portfólio, a companhia conseguiu alocar recursos com mais assertividade e, assim, direcionar investimentos para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos criativos e inovadores.

E o que isso tem a ver com Finanças Corporativas?

Dominar as finanças permitiu à Lego recuperar sua posição de liderança no mercado. Em poucos anos, a empresa presenciou uma transformação: de uma crise que caminhava para a falência, a Lego se consolidou como uma das marcas de brinquedos mais bem-sucedidas e reconhecidas do mundo.

Para especialistas, o resultado positivo da marca pode ser atribuído à boa liderança associada ao conhecimento fundamentado em finanças

Com foco em preparar profissionais para tomar decisões financeiras inteligentes e estratégicas que podem economizar milhões para as empresas, a EXAME apresenta o Pré-MBA em Finanças Corporativas, um treinamento de quatro aulas que terá seu acesso liberado entre 21 e 29 de agosto.

As aulas serão apresentadas por Marcelo Desterro, mestre em Finanças pelo ITA, com extenso background como CFO em empresas de capital aberto, start-ups e multinacionais. Para garantir o acesso exclusivo ao treinamento introdutório, os interessados devem realizar inscrição aqui.

QUERO PARTICIPAR DO PRÉ-MBA EM FINANÇAS CORPORATIVAS

*Este conteúdo é apresentado por Faculdade EXAME

Acompanhe tudo sobre:branded marketingFaculdade EXAME

Mais de Negócios

As cidades onde as franquias mais cresceram em faturamento em 2024

Quem é o milionário que deixou herança de R$ 600 milhões para cachorro, cozinheiro e mordomo

A Empresa B que está redefinindo a sustentabilidade das viagens corporativas