Negócios

Decolar vai além das passagens para oferecer viagem perfeita

Pacotes de viagens, ingressos para atrações e serviços como transfers do aeroporto serão oferecidos pela plataforma online de viagens

 (Redes Sociais/Reprodução)

(Redes Sociais/Reprodução)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 8 de junho de 2019 às 08h00.

Última atualização em 10 de junho de 2019 às 11h28.

Conhecida pela venda de passagens aéreas, a Decolar quer ser bem mais que isso. Presente no Brasil há 20 anos, a agência de viagens digital busca participar de todos os momentos de uma viagem, mesmo antes do consumidor saber para onde quer viajar.

Ao ampliar o leque de atuação, a companhia espera aumentar as receitas e frequência de compra. A empresa, maior agência online de viagens do Brasil e América Latina, teve faturamento de 4,7 bilhões de dólares em 2018.

A companhia fez uma mudança na sua identidade visual no fim de março deste ano para refletir sua transformação no modelo de negócios. Também mudou de escritório, de Guarulhos para um prédio comercial em Alphaville, ambos na grande São Paulo. Agora, a empresa irá mudar a maneira com que oferece seus serviços, com viagens mais completas.

Pacotes de viagens, ingressos para atrações e serviços como transfers do aeroporto já eram comercializados pela plataforma. Mas, até agora, esses serviços eram acessíveis apenas separadamente e era necessário realizar diversas transações para montar a viagem completa. Agora, a plataforma tem tecnologia para sugerir todos esses adicionais de uma vez, no momento da compra.

Atualmente, 63% das vendas feitas pela plataforma já são de pacotes, que incluem passagem e hotel. As vendas de outros serviços, como aluguel de carro, transfer do aeroporto e tíquetes para atrações, estão crescendo - em 2017, essa parcela era de 57%. Segundo a empresa, o consumidor pode economizar até 35% ao comprar todos os produtos com a Decolar de uma vez, ao invés de realizar diversas transações separadamente.

“Estávamos apenas na comparação e compra de passagens aéreas. Agora, temos mais serviços e mais dados sobre os consumidores, para inspirá-los a viajar mais”, diz Alexandre Moshe, diretor geral da Decolar, em evento sobre os 20 anos da empresa.O objetivo é estar presente em todos os momentos da venda, da inspiração ao retorno para casa. Por isso, a Decolar lançou algumas plataformas para programar a viagem do começo ao fim.

A primeira é a Escapadas, plataforma de pacotes para viagens curtas, a poucas horas de carro ou avião. O consumidor pode escolher se prefere praia ou montanha, por exemplo, e contar com benefícios como late check out, ingressos, jantares, acesso a SPA e outros. “Queremos que as pessoas viajem mais, mesmo que seja um passeio curto de fim de semana. A viagem não precisa ser apenas um grande evento anual”, diz o presidente.

A companhia também quer conquistar o cliente antes mesmo que ele decida para onde irá viajar. Segundo o presidente, os consumidores chegam na plataforma já com o destino definido, tendo pesquisado opções em outros lugares.

Para estar presente também no momento de inspiração, a Decolar criou o “Para onde Viajar?”. A ferramenta sugere passeios com base nos gostos e interesses do consumidor, bem como orçamento e com quem ele deseja viajar. As sugestões são feitas com inteligência artificial e a partir de mais de 2 milhões de avaliações de outros viajantes.

No primeiro trimestre do ano, a empresa viu o volume de transações crescer 5%. As reservas brutas atingiram 1,2 bilhão de dólares, alta de 24% em base cambial neutra. As receitas atingiram 133 milhões de dólares, queda de 10% no trimestre.

Com os novos serviços, a empresa busca aumentar a frequência com que os consumidores decolam.

Acompanhe tudo sobre:Agências de turismoDecolarTurismoViagens

Mais de Negócios

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico

Clube dos bilionários: quem tem mais de US$ 100 bilhões em patrimônio?