Negócios

Cruzeiro do Sul compra Universidade Positivo, do Paraná

Grupo passa atender cerca de 350 mil alunos e contar com 9.100 colaboradores, em 17 instituições presenciais de educação básica e ensino superior

Universidade Positivo: tem 1.650 colaboradores e 33 mil alunos distribuídos em oito campi no Paraná (Divulgação/Divulgação)

Universidade Positivo: tem 1.650 colaboradores e 33 mil alunos distribuídos em oito campi no Paraná (Divulgação/Divulgação)

NF

Natália Flach

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 16h17.

Última atualização em 5 de dezembro de 2019 às 18h40.

São Paulo - A Cruzeiro do Sul Educacional anunciou, nesta quinta-feira (5), a aquisição da Universidade Positivo, que tem 1.650 colaboradores e 33 mil alunos, dos quais 23 mil frequentam aulas no modelo presencial em oito campi no Paraná: um em Londrina e sete em Curitiba. Com a compra, o grupo educacional passa a atender cerca de 350 mil alunos e a contar com mais de 9.100 colaboradores, por meio de 17 instituições presenciais de educação básica e ensino superior nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte-Nordeste. O valor da transação não foi divulgado.

“É uma estratégia que vem dando certo, que tem permitido melhorar os nossos indicadores acadêmicos e gerar mais sinergia. Fizemos duas aquisições importantes neste ano e continuamos mirando instituições líderes", explica Fábio Ferreira Figueiredo, diretor de planejamento da Cruzeiro do Sul Educacional.

Figueiredo se refere à aquisição do Centro Universitário Braz Cubas, de São Paulo, que está em fases finais do cumprimento de condições de praxe. Já a compra da Positivo requer o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Se tudo correr sem intercorrências, esperamos ter o aval em meados de fevereiro ou março", diz.

A estratégia da Cruzeiro do Sul de aumentar o volume de alunos mira ganhos de escala e trocas de experiências. A Unifran, de Franca, por exemplo, tinha uma gestão de orçamentos mais eficaz do que a do Cruzeiro do Sul, e o grupo acabou adotando o sistema de olho na eficiência.

"Nossas receitas estão crescendo diferentemente de concorrentes que eram muito dependentes do fundo de financiamento estudantil (Fies). Em alguns casos, o Fies chegou a representar 60% do faturamento; nosso pico foi de 20%, e hoje não passa de 3%", explica o executivo.

A Kroton Educacional (Cogna) reportou lucro líquido de 20,723 milhões de reais no terceiro trimestre de 2019, queda de 94,04% na comparação com igual período do ano anterior. A margem líquida do trimestre recuou 25,7 pontos porcentuais, passando de 27,1% para 1,3%.

Entre os fatores que levaram a esse desempenho, a empresa cita o maior volume de despesas financeiras por conta da dívida contraída para a aquisição da Somos, além do aumento dos níveis de depreciação e amortização devido à norma contábil IFRS 16, que entrou em vigor em janeiro deste ano. A empresa também atribui o resultado a um menor resultado operacional decorrente de pressões de base verificadas no ensino superior e à diferente sazonalidade do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) no ensino básico.

 

“Com este acordo, encerramos um relevante movimento de redefinição do nosso portfólio, que ocorre com o objetivo de priorizar foco e investimentos nas nossas demais áreas de atuação, especialmente nas nossas frentes de ensino básico. Poderemos concentrar mais esforços em realizar novas aquisições e investir na qualidade de nossa rede de escolas”, diz o presidente da Positivo Educacional, Lucas Guimarães, em nota.

 

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoFusões e Aquisições

Mais de Negócios

Mercado de franquias fatura R$ 70,2 bi no 3º trimestre, crescimento de 12,1%, revela ABF

10 franquias baratas para investir com o 13º salário a partir de R$ 300

A tokenização agora tem o próprio "ChatGPT" — e ainda é brasileiro; entenda como funciona

Da automação à IA LLMs: O novo paradigma da eficiência nos negócios