Negócios

Conheça o perfil dos CEOs das 100 maiores startups do Brasil

Pesquisa da Distrito mostra que o cargo é ocupado majoritariamente por homens, com média de idade de 39,5 anos. Estrangeiros representam 10% dos chefes do setor

Conferência acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de abril (skynesher/Getty Images)

Conferência acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de abril (skynesher/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 1 de julho de 2022 às 11h05.

Última atualização em 1 de julho de 2022 às 15h45.

Quem é o CEO de uma startup no Brasil? Estudo 100 Super CEOs feito pela Distrito mostra o perfil e a trajetória dos responsáveis por guiar os negócios rumo à inovação.

Para selecionar os 100 nomes, a plataforma identificou as empresas mais relevantes de acordo com um algoritmo que considera, entre outros pontos, o valor total de investimentos captados, faturamento presumido e número de colaboradores das empresas.

A pesquisa revela que a maioria dos CEOs em startups são homens, que já atuaram anteriormente no setor financeiro e de tecnologia da informação. Há também a predominância de líderes com pós-graduação, formados inicialmente em administração e engenharia. Confira os principais pontos da pesquisa:

Idade

A média de idade dos CEOs das principais startups brasileiras é de 39,5 anos. Considerando a amostra, o líder mais novo assumiu a posição aos 19 anos o caso foi de João Miranda, da startup Hash. Já a maior idade com que um CEO assumiu o cargo foi 57 anos.

Gênero

O setor não exclui alguns padrões negativos do mercado tradicional. Segundo a pesquisa, entre as 100 principais startups brasileiras, apenas cinco CEOs são mulheres:

  • Anna Saicali (Ame Digital)
  • Mariana Ramos Dias (Gupy)
  • Mônica Hauck (Sólides)
  • Talita Lacerda (Petlove&Co)
  • Priscila Siqueira (Gympass)

“Os resultados das empresas, porém, serão ainda melhores quando a diversidade englobar também outros aspectos, como gênero. Vimos em nossa pesquisa qualitativa que o número de mulheres no cargo vem aumentando ao longo dos anos, trazendo a esperança de que o cenário mude futuramente”, afirma Gustavo Gierun, CEO do Distrito.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia

Estrangeiros

Quanto à nacionalidade, o estudo indica que a maioria dos CEOs é de origem brasileira, sendo 10% estrangeiros. Há líderes argentinos, colombianos, franceses, alemães, espanhóis, chineses e americanos.

Trajetória

A pesquisa mostra que 50% dos líderes não tinham experiência prévia em startups. Grande parte deles decidiu empreender após perceber problemas a ser solucionados em seus respectivos setores, o que gerante melhor percepção do mercado em que atuam.

Formação

Os líderes das startups brasileiras possuem mais experiência no setor financeiro (35,4%) e de tecnologia da informação (12,1%).

Quase metade dos líderes cursou uma faculdade pública no Brasil, enquanto 40% são formados em faculdades privadas e 13% em faculdades fora do Brasil.

Dentre os cursos realizados, há destaque para os de engenharia (30,7%) — as formações em engenharia de produção, engenharia industrial e engenharia mecânica foram as mais citadas. Em seguida, aparecem os cursos de administração (17,58%) e ciência da computação (12,09%).

Além da graduação, 55% dos CEOs pesquisados fizeram pós-graduação. O curso mais procurado é administração (68%), seguido de economia (9,1%) e tecnologia (7,6%).

Entre os líderes, 38% fizeram algum curso executivo. Liderança (25,6%), inovação (21,8%) e gestão (15,4%) são as opções mais procuradas.

VEJA TAMBÉM:

Nova regra para investimentos em startups entra em vigor. Veja o que muda

Bill Gates errou? Viagens de negócios superam R$ 1 bilhão em maio

CEO de empresa de US$ 68 bilhões pede demissão: "Vou sentar na praia e não fazer nada"

Acompanhe tudo sobre:CEOsPesquisas de mercadoStartups

Mais de Negócios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira