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Com tapetinho higiênico 'high tech', casal fatura milhões e chega ao maior mercado pet do mundo

A Weasy deve faturar R$ 15 milhões em 2022 com sanitários inteligentes para pets; neste semestre, a empresa chega aos Estados Unidos para popularizar o produto

Lara Lorga e Fabio de Carvalho, fundadores da Weasy, ao lado de Pepa e Lili, goldens que inspiraram criação do negócio (Weasy/Divulgação)

Lara Lorga e Fabio de Carvalho, fundadores da Weasy, ao lado de Pepa e Lili, goldens que inspiraram criação do negócio (Weasy/Divulgação)

Os brasileiros jamais gastaram tanto com seus pets. Com o isolamento social, a disparada no número de adoções e o maior tempo ao lado dos bichinhos de estimação, cresceu também a disposição dos donos em colocar mais de suas economias em produtos que garantam o conforto de seus animais. Nesse cenário, a Weasy, que fabrica sanitários para cães e gatos, tem levado vantagem.

Fundada em 2017, a empresa criada pelo casal de empreendedores Fábio de Carvalho e Lara Lorga desenvolveu um sanitário para pets que vivem em casas e apartamentos, uma espécie de “tapetinho higiênico hig tech”. A ideia ganhou apelo especial nos últimos dois anos, e a empresa saltou de um faturamento de 7,5 milhões de reais em 2020 para 10 milhões de reais em 2021.

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O sanitário da Weasy funciona como uma pequena plataforma na qual o animal pode fazer xixi e, na sequência, o dono pode lavar com um copo de água que, por meio de uma mangueira, escoa os resíduos até o ralo. Em algumas versões do tapetinho tecnológico, há até mesmo uma descarga acoplada. A ideia é trazer uma opção mais ecológica e econômica para donos de pets que querem facilitar o descarte das necessidades dos bichinhos.

A principal força da Weasy está no e-commerce, por onde a empresa conclui algo como 95% das vendas. Com site próprio e uma estratégia que prioriza publicações patrocinadas nas redes sociais, a Weasy aposta em uma linguagem educativa e que ilustre muito bem para que serve o produto. Os outros 5% das vendas estão em redes de varejo ou pet shops que expõem os produtos nas prateleiras.

“Um desafio constante é educar nosso consumidor sobre como funciona a Weasy. Nossos vídeos e toda a comunicação têm esse foco”, explica Carvalho, fundador da empresa.

Agora, a Weasy dá passos largos rumo à internacionalização. Em 2022, a marca chega aos Estados Unidos, marcando a incursão da empresa no principal mercado pet do mundo, com mais de 62 bilhões de dólares em vendas no varejo em 2021, de acordo com dados da consultoria Euromonitor.

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Em terras americanas, a Weasy passará a exportar seus sanitários inteligentes para clientes que compram digitalmente ou por meio do site próprio e da Amazon, marketplace com grande destaque por lá. “Será com certeza uma porta para outros países.” Hoje, a empresa conta com um distribuidor que vende os produtos e os envia para todo o país. Mas a ideia é ter uma produção própria e local, com envio de insumos e matérias-primas daqui para a montagem e distribuição por lá.

Alfabetizar o consumidor sobre uso do produto, por lá, deve ser uma missão pouco mais simples, especialmente entre os mais jovens. Na Califórnia, um dos principais alvos da Weasy, o foco está em millenials e novos públicos abertos a novidades e produtos com alguma proposta disruptiva.

“Até 2023, esse mercado pode ser tão grande para nós quanto o Brasil, numa proporção de 50/50”, diz. “É possível e não é excesso de otimismo”, brinca o empreendedor.

Ideia que vem de casa

A rotina de cuidados com duas goldens retrievers, Pepa e Lili, levou o casal a questionar, ainda em 2016, se os tapetes higiênicos de algodão eram a forma mais limpa — e econômica — de lidar com o xixi dos pets.

Sem opções de sanitários que se adequassem ao dia a dia no apartamento eles criaram o primeiro protótipo do sanitário inteligente, à época feito de madeira. Com a troca de matéria-prima para fibra de vidro o negócio pivotou, caiu no gosto de alguns amigos e familiares e ganhou seu primeiro modelo comercial.

Anos depois, a empresa segue os pilares da inovação e sustentabilidade, pontos que buscam diferenciar um produto que foge da briga de preços. "Sabemos que as margens estão acima do restante do mercado, e desde o início não queríamos ser uma empresa que vende produtos que possam ser achados em outros lugares. Fazemos questão da exclusividade”, diz.

Hoje o negócio cresce por meio do boca a boca. A recomendação de compradores é o que, inclusive, ajuda a Weasy a atrair novos clientes em meio aos desafios de vender um produto de compra única. “Estamos estendendo a linha de produtos, mas a indicação de quem usa e fala bem do nosso produto é nosso grande motor de crescimento”, diz,

A projeção da Weasy é faturar 15 milhões de reais em 2022.

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