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Cadeias de fast food 'reféns' de robôs? CEO de rede responde

CEO do Chipotle falou que automação virá 'apenas' no sistema digital da empresa

Em julho passado, a Chipotle anunciou que havia usado um robô para cortar abacates (Wikimedia Commons)

Em julho passado, a Chipotle anunciou que havia usado um robô para cortar abacates (Wikimedia Commons)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 08h04.

Em entrevista a um podcast do Yahoo Finance, Scott Boatwright, CEO da rede de fast food Chipotle, discutiu como a automação pode moldar o futuro da indústria alimentícia.

Boatwright, que se tornou o CEO interino da rede de fast food em novembro depois que seu antecessor Brian Niccol saiu para liderar a Starbucks, disse que a Chipotle pretende "alavancar essa automação apenas no sistema digital", segundo o Business Insider.

"Ainda acreditamos que a melhor maneira de chegar à Chipotle é no futuro com um membro da equipe, altamente personalizado", falou. Boatwright disse que a interação humana é "um patrimônio essencial da marca Chipotle".

Mergulho na automação

Em julho passado, a Chipotle anunciou que havia usado um robô chamado "Autocado" para cortar, retirar o miolo e descascar abacates, reduzindo pela metade o tempo necessário para a tarefa.

Também anunciou uma parceria com a Hyphen, uma startup de tecnologia alimentar sediada em San Jose. Em 2023, a startup disse ao Business Insider que sua robótica poderia produzir até 180 tigelas por hora, seis vezes mais do que a capacidade dos trabalhadores humanos.

A rede foi criticada este ano depois que analistas a acusaram de economizar no tamanho das porções vendidas aos clientes.

Em junho, a Fortune relatou que analistas do Wells Fargo encomendaram 75 tigelas de burrito de oito locais diferentes na cidade de Nova York e as pesaram para verificar a consistência. Os analistas escreveram que não havia um padrão: a diferença de peso chegou a 47% da mais pesada para a mais leve.

No último trimestre, a Chipotle afirmou que seu compromisso em garantir porções consistentes prejudicou sua lucratividade. As ações da empresa subiram 41% desde o início do ano.

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