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Cabify não quer entrar em guerra de preços com Uber e 99

Segundo seus controladores, a empresa está trabalhando para ofertar ações, mas ainda não há data determinada

Cabify: a companhia só deve entrar na disputa por market share quando o mercado deixar de ter subsídios agressivos (Germano Lüders/Exame)

Cabify: a companhia só deve entrar na disputa por market share quando o mercado deixar de ter subsídios agressivos (Germano Lüders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 15h17.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 15h29.

A Cabify, que no Brasil também controla a Easy, não quer entrar numa guerra de preços com a Uber e a chinesa Didi, controladora da 99 no País.

Para ganhar mercado, as duas gigantes passaram a subsidiar passageiros na forma de descontos. Segundo Jorge Pilo, gerente geral no Brasil para a Cabify e a Easy, as duas estão "comprando passageiros por um valor maior do que o real".

Segundo ele, a companhia só deve entrar na disputa por market share apenas quando o mercado "deixar de ser irracional", sem subsídios agressivos, um processo que na China teria durado cerca de dois anos.

A empresa diz, no momento, que prefere focar em segurança e qualidade para manter a base de usuários atual. O número de clientes não é revelado pela empresa, que está em 12 países e 130 cidades do mundo.

Em 2018, a empresa tentou manter as contas em ordem no Brasil em vez de mirar em expansão. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior mercado da companhia, atrás de Espanha e México.

A marca Cabify está em sete cidades brasileiras, enquanto a Easy está em 51 municípios. No primeiro semestre deste ano, a Cabify deve adotar postura parecida no País, e só mira a chegada da marca para outras cidades no segundo semestre.

Cidades da região Nordeste estão na mira da companhia. Nem mesmo as iminentes chegadas na bolsa de Uber e da americana Lyft, que devem ocorrer ainda no primeiro semestre de 2019, motiva a companhia espanhola seguir caminho parecido.

Em uma conferência com jornalistas Juan de Antonio, presidente executivo da Maxi Mobility, controladora da Cabify, afirmou que a empresa está trabalhando para ofertar ações, mas que ainda não há data específica.

O movimento não deve ser concretizado no primeiro semestre. O executivo disse que pretende transformar o app do Cabify numa plataforma de diversas formas de transporte - no começo de janeiro, o app da Cabify passou a permitir chamar os táxis da Easy.

Sobre a integração com outras formas de transporte, como patinetes, bicicletas e até carros autônomos, o executivo diz que a companhia estuda as formas de transporte que mais se adaptam a cada cidade.

No México, a Cabify vai oferecer patinetes por meio da marca Movo.Integração. A Cabify anunciou que as equipes da marca e da Easy, que operavam como empresas separadas, foram unificadas globalmente.

A fusão ocorreu há alguns meses e foi anunciada oficialmente na tarde desta quarta, 23. A empresa não abriu o tamanho da equipe atual ou quantas pessoas deixaram a empresa. A fusão de equipes ocorre 1 ano e meio após a aquisição da Easy.

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