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Boeing suspende entregas do modelo de avião acidentado na Etiópia

Um porta-voz da empresa afirmou que as entregas foram paralisadas devido à crise provocada pelos dois acidentes fatais em menos de cinco meses

Em comunicado divulgado ontem, a Boeing assegurou ter recomendado eles mesmos a decisão, depois que Trump anunciou a suspensão, embora tenha reiterado a "total confiança" na segurança de seus jatos (Boeing/Youtube/Reprodução)

Em comunicado divulgado ontem, a Boeing assegurou ter recomendado eles mesmos a decisão, depois que Trump anunciou a suspensão, embora tenha reiterado a "total confiança" na segurança de seus jatos (Boeing/Youtube/Reprodução)

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EFE

Publicado em 14 de março de 2019 às 19h30.

Nova York — A gigante aeronáutica Boeing suspendeu nesta quinta-feira (14), as entregas do modelo 737 MAX 8, o mesmo que caiu no último domingo na Etiópia deixando 157 mortos, segundo informaram meios de comunicação locais.

Um porta-voz da empresa afirmou que as entregas dos modelos foram paralisadas devido à crise provocada pelos dois acidentes fatais em menos de cinco meses (o anterior em outubro do ano passado na Indonésia, com 189 mortos), mas que a média de produção de 52 aeronaves ao mês não foi afetada.

"Continuamos construindo os aviões 737 MAX enquanto avaliamos como a situação, incluindo as potenciais limitações de capacidade, impactará no nosso sistema produtivo", declarou o porta-voz da empresa, Chaz Bickers, citado em vários meios de comunicação.

A Boeing tinha planejado aumentar a produção mensal deste modelo para 57 ao mês.

No momento, a empresa com sede em Chicago (Illinois) tem 4.636 encomendas deste modelo de aeronave civil ainda pendentes de entrega.

A decisão é divulgada um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado a suspensão de todos os voos deste modelo no espaço aéreo do país, seguindo a decisão de vários países, entre eles o Brasil e todos os pertencentes à União Europeia.

De acordo com fontes citadas pelo jornal "The Wall Street Journal", a Boeing está calculando os limites na capacidade que podem afetar o sistema de produtivo enquanto seguirem vigentes as restrições ao tráfego aéreo para suas aeronaves.

Em comunicado divulgado ontem, a Boeing assegurou ter recomendado eles mesmos a decisão, depois que Trump anunciou a suspensão, embora tenha reiterado a "total confiança" na segurança de seus jatos.

A decisão, anunciada apenas uma hora após o fechamento das operações em Wall Street, fez com que os títulos de Boeing caíssem 0,13% nas operações eletrônicas.

A Boeing perdeu 1,02% de seu valor na bolsa nesta quinta-feira, acumulando uma perda de 11% desde o início das sessões em Wall Street na segunda-feira após o acidente, o que implica em uma perda de mais de US$ 27 bilhões em capitalização de mercado. EFE

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