Barra engrossa lista de mulheres da ciência no alto escalão
Decisão da companhia de nomear Mary Barra como CEO aumenta contingente de mulheres com talento em ciência nos postos mais altos das empresas
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 16h25.
A decisão da General Motors Co. de nomear Mary Barra - engenheira - como CEO aumenta o contingente de mulheres com talento em ciência e tecnologia nos postos mais altos de empresas americanas.
Barra, 51, se une a cerca de 20 mulheres, um terço delas com formação científica, que agora dirigem empresas dos EUA que constam no índice Standard Poor’s 500. Dentre elas estão Ursula Burns, da Xerox Corp., Virginia Rometty, da International Business Machines Corp., e Indra Nooyi, da PepsiCo Inc. Há uma década, mulheres com qualquer formação eram CEO de apenas nove empresas do índice.
“Não é tarde demais para comprar um caminhão para sua filha para o Natal”, disse Rosabeth Moss Kanter, professora da Faculdade de Negócios de Harvard, que estudou os CEOs. “Isso irá inspirar e motivar mulheres e garotas. Há muitas mulheres que foram direcionadas para longe da Engenharia e da Ciência”.
Barra, que começou sua carreira na GM como engenheira de planta da divisão Pontiac Motor há mais de 30 anos, se tornará a primeira mulher CEO de uma fabricante de carros global. Ela sucederá Dan Akerson, que completou 65 anos em outubro e cuja esposa recentemente foi diagnosticada com câncer.
O aumento de executivos com formação em ciência e tecnologia em altos cargos reflete as recentes conquistas para as mulheres nesses campos. O Escritório de Censo dos EUA reportou em setembro que as mulheres responderam por 26 por cento dos empregos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática em 2011. As mulheres tiveram a maior representação em matemática, responsável por quase metade de todos os trabalhadores, e acima dos 15 por cento de 1970. No Massachusetts Institute of Technology, 31 por cento dos estudantes formados são mulheres e também 45 por cento dos estudantes de graduação.
Conduzidos pela tecnologia
Executivos como Barra, com formação em ciência, tecnologia, engenharia ou matemática, têm uma vantagem em um momento em que a tecnologia está conduzindo tantas empresas, disse Ursula Burns, CEO da Xerox, que estudou engenharia mecânica, em entrevista, em julho.
“A resolução de problemas, a disciplina, a transformação de complexidade em simplicidade, o gerenciamento com base em dados e as contribuições dos demais -- todos esses são atributos de engenheiros bem-sucedidos e, penso eu, líderes bem-sucedidos”, disse Burns, na ocasião.
Barra começou na GM em 1980 como estudante do Instituto General Motors (depois rebatizado Universidade Kettering), em Flint, Michigan. Com uma bolsa de estudos da GM, ela mais tarde cursou um MBA na Faculdade de Negócios da Stanford.
‘Negócio real’
“A indicação dela é um avanço incrível e Barra é um negócio real”, disse Jeff Sonnenfeld, reitor associado da Faculdade de Administração da Yale, em entrevista. “Nós temos um padrão inédito de mulheres engenheiras conquistando altos cargos. São mulheres que estão conseguindo crescer em uma hierarquia dominada pelos homens”.
Barra foi promovida a chefe de desenvolvimento de produto no início de 2011, menos de seis meses depois que Akerson se tornou CEO. Ela é responsável pelo design e pela qualidade de todos os carros e caminhões da GM.
Akerson, em sua saída do cargo de CEO da GM, enfatizou seu apoio à promoção de mulheres. Ele havia dado indícios da promoção em setembro, quando previu que uma “garota dos carros” eventualmente dirigiria uma das três maiores fabricantes de carros com sede nos EUA.
“Mary não foi escolhida por causa de gênero”, disse Akerson ontem, em uma teleconferência. “Mary é uma das mais talentosas executivas que eu conheci em minha carreira. Ela foi escolhida por seu talento, não por seu sexo, não pelo politicamente correto”.
A decisão da General Motors Co. de nomear Mary Barra - engenheira - como CEO aumenta o contingente de mulheres com talento em ciência e tecnologia nos postos mais altos de empresas americanas.
Barra, 51, se une a cerca de 20 mulheres, um terço delas com formação científica, que agora dirigem empresas dos EUA que constam no índice Standard Poor’s 500. Dentre elas estão Ursula Burns, da Xerox Corp., Virginia Rometty, da International Business Machines Corp., e Indra Nooyi, da PepsiCo Inc. Há uma década, mulheres com qualquer formação eram CEO de apenas nove empresas do índice.
“Não é tarde demais para comprar um caminhão para sua filha para o Natal”, disse Rosabeth Moss Kanter, professora da Faculdade de Negócios de Harvard, que estudou os CEOs. “Isso irá inspirar e motivar mulheres e garotas. Há muitas mulheres que foram direcionadas para longe da Engenharia e da Ciência”.
Barra, que começou sua carreira na GM como engenheira de planta da divisão Pontiac Motor há mais de 30 anos, se tornará a primeira mulher CEO de uma fabricante de carros global. Ela sucederá Dan Akerson, que completou 65 anos em outubro e cuja esposa recentemente foi diagnosticada com câncer.
O aumento de executivos com formação em ciência e tecnologia em altos cargos reflete as recentes conquistas para as mulheres nesses campos. O Escritório de Censo dos EUA reportou em setembro que as mulheres responderam por 26 por cento dos empregos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática em 2011. As mulheres tiveram a maior representação em matemática, responsável por quase metade de todos os trabalhadores, e acima dos 15 por cento de 1970. No Massachusetts Institute of Technology, 31 por cento dos estudantes formados são mulheres e também 45 por cento dos estudantes de graduação.
Conduzidos pela tecnologia
Executivos como Barra, com formação em ciência, tecnologia, engenharia ou matemática, têm uma vantagem em um momento em que a tecnologia está conduzindo tantas empresas, disse Ursula Burns, CEO da Xerox, que estudou engenharia mecânica, em entrevista, em julho.
“A resolução de problemas, a disciplina, a transformação de complexidade em simplicidade, o gerenciamento com base em dados e as contribuições dos demais -- todos esses são atributos de engenheiros bem-sucedidos e, penso eu, líderes bem-sucedidos”, disse Burns, na ocasião.
Barra começou na GM em 1980 como estudante do Instituto General Motors (depois rebatizado Universidade Kettering), em Flint, Michigan. Com uma bolsa de estudos da GM, ela mais tarde cursou um MBA na Faculdade de Negócios da Stanford.
‘Negócio real’
“A indicação dela é um avanço incrível e Barra é um negócio real”, disse Jeff Sonnenfeld, reitor associado da Faculdade de Administração da Yale, em entrevista. “Nós temos um padrão inédito de mulheres engenheiras conquistando altos cargos. São mulheres que estão conseguindo crescer em uma hierarquia dominada pelos homens”.
Barra foi promovida a chefe de desenvolvimento de produto no início de 2011, menos de seis meses depois que Akerson se tornou CEO. Ela é responsável pelo design e pela qualidade de todos os carros e caminhões da GM.
Akerson, em sua saída do cargo de CEO da GM, enfatizou seu apoio à promoção de mulheres. Ele havia dado indícios da promoção em setembro, quando previu que uma “garota dos carros” eventualmente dirigiria uma das três maiores fabricantes de carros com sede nos EUA.
“Mary não foi escolhida por causa de gênero”, disse Akerson ontem, em uma teleconferência. “Mary é uma das mais talentosas executivas que eu conheci em minha carreira. Ela foi escolhida por seu talento, não por seu sexo, não pelo politicamente correto”.