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Após rejeição no Cade, Kroton deve buscar fusões regionais

A empresa já divulgou projetos de crescimento orgânico, com a abertura de mais 100 unidades presenciais para se somarem às 114 atuais do grupo

Kroton: pequenas e médias instituições de ensino têm se movimentando em busca de um comprador (Germano Lüders/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de junho de 2017 às 09h40.

São Paulo - Com a reprovação do negócio com a Estácio, a Kroton deve fazer ofertas por outras instituições de ensino. Fontes próximas à empresa afirmam que o fracasso na aquisição da Estácio deve realimentar o apetite do maior grupo educacional do País em absorver novas empresas.

A Kroton já divulgou projetos de crescimento orgânico, com a abertura nos próximos cinco anos de mais 100 unidades presenciais para se somarem às 114 atuais do grupo. Dessas, 60 já estariam em trâmite no Ministério da Educação.

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Na avaliação de fontes do setor, a empresa pode voltar às compras mirando ativos regionais de ensino presencial em cidades onde ainda não atua. Já a Estácio tende a ser alvo de outros grupos.

Pequenas e médias instituições de ensino têm se movimentando em busca de um comprador porque avaliam que o cenário de consolidação é irreversível, mesmo com a rejeição de Kroton e Estácio no Cade.

Sem a Estácio, especula-se ainda que a Kroton possa se voltar para um processo de consolidação de escolas de ensino básico. Esse é um segmento no qual a empresa atua hoje, com o sistema de ensino Pitágoras, e em cuja expansão a Kroton já demonstrou interesse em outros momentos.

Já a Estácio, descartada a fusão com a Kroton, deve passar a ser assediada por outros concorrentes. Ela poderá ser, mais uma vez, alvo de interesse da Ser Educacional.

A companhia de origem pernambucana chegou a disputar a compra da Estácio com a mineira Kroton, mas acabou sendo preterida. À época, o controlador da Ser, Janguiê Diniz, se aproximou de Chaim Zaher, maior acionista individual da Estácio.

Tanto no caso da Estácio como no da Kroton, os projetos de crescimento futuro tendem a passar pela abertura orgânica de novos polos de ensino a distância.

Uma regulação do setor, aprovada na semana passada, permite que instituições de ensino com notas satisfatórias inaugurem novos polos (pontos de apoio ao ensino a distância) sem necessidade de visita in loco e autorização prévia. Ao mesmo tempo em que deve acelerar a abertura de polos, essa medida pode acirrar a competição no setor.

"A Estácio sai mais fragilizada da decisão do Cade", diz Carlos Monteiro da CM Consultoria. "Acredito que ela deve dar uma resposta rápida ao mercado para sustar a perda de valor que vem sentindo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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