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A fábrica de chocolates de Gramado que fatura R$ 65 milhões e quer crescer com franquia e pegada ESG

Andreia e Aureo Romanzini estão à frente da DeCacau, fábrica de chocolates com alta concentração de cacau que aposta numa expansão nacional com a venda de produtos a granel

Aureo e Andreia Romanzini, da DeCacau Chocolates: modelo de franquias está sendo considerado pelo sócios para acelerar a presença física da DeCacau, que espera receita de 80 milhões de reais em 2023 (Isadora Jacoby/Divulgação)
LB

Leo Branco

Publicado em 15 de setembro de 2022 às 17h14.

Última atualização em 16 de setembro de 2022 às 08h25.

O avanço da agenda ESG tem feito muita gente questionar a necessidade de tanto plástico nas embalagens dos produtos.

Vide o sucesso de marcas de cosméticos em barra como a paulistana B.O.B, queridinha entre jovens com alguma preocupação ambiental e destino de uma rodada de investimento em janeiro deste ano pelo multi family office GHT4 , de Laércio Cosentino (Totvs), entre outros.

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Antes de o tema entrar na conversa de consumidores e de investidores, os empreendedores gaúchos Andreia e Aureo Romanzini já tinham em mente a ideia de vender produtos com embalagens feitas sem muito impacto ambiental.

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O que faz a DeCacau

Os irmãos Romanzini são fundadores da DeCacau Chocolates, uma fábrica de chocolates aberta há 37 anos em Flores da Cunha, município de 30.000 habitantes encravado na serra gaúcha.

O embrião do negócio foi a demanda de fábricas da região por chocolates caseiros como brindes para funcionários em ocasiões especiais, como Páscoa ou fim do ano.

De lá para cá, a DeCacau virou um negócio com faturamento de 65 milhões de reais previsto para 2022 e uma presença nacional.

Por trás da expansão, estão três fatores:

Antes de o tema entrar na conversa de consumidores e de investidores, DeCacau aposta em embalagens feitas sem muito impacto ambiental (Divulgação)

Os planos da empresa

Com isso, foi possível investir em linhas de chocolates com percentuais altos de cacau — uma delas tem 85%.

"Todos os chocolates são produzidos com matérias-primas selecionadas e cacaus com certificação de origem, adquiridos diretamente de fazendas da Bahia, que utilizam tecnologia e adubagem correta, o que faz o cacau render mais", diz Aureo.

Com os três pilares resolvidos, a marca resolveu investir numa expansão com marca própria.

De 2020 para cá, foram oito lojas abertas pela própria DeCacau, boa parte delas localizadas junto a unidades da Havan no interior paulista. Além de São Paulo, a empresa está hoje presente em cidades do interior gaúcho.

Nas lojas, o diferencial: a maioria dos produtos vêm a granel, sem embalagens.

Um exemplo é a linha Bean to Bar, feita sem conservantes em sua formulação.

Em outras linhas de produtos, com embalagens, os chocolates são envoltos em materiais de fontes renováveis.

"Nosso método de produção é a partir das amêndoas de cacau, diferente do método comum que utiliza a massa de cacau com grãos já torrados e moídos", diz Aureo. "Garantimos um produto mais natural."

Como parte do plano de crescimento, a previsão até o final do ano é abrir um centro de distribuição em Araraquara, no interior paulista, e expandir para Santa Catarina e Paraná.

Um modelo de franquias está sendo considerado pelo sócios para acelerar a presença física da DeCacau, que espera receita de 80 milhões de reais em 2023.

"Queremos inserir a marca entre as cinco maiores indústrias de chocolates do Brasil até 2027", diz Aureo.

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