7 empresas vão sobreviver ao apocalipse do varejo - e só uma é brasileira
Estudo do Credit Suisse analisa quais varejistas possuem as melhores chances contra a disrupção de negócios como Amazon
Mariana Fonseca
Publicado em 9 de agosto de 2018 às 06h00.
Última atualização em 9 de agosto de 2018 às 06h00.
São Paulo - Os shopping centers fantasmas que assombram os Estados Unidos há algum tempo são, para alguns especialistas, os primeiros sinais do "apocalipse do varejo ": aquele momento em que as lojas tradicionais sofrerão fatalmente com a disrupção de empresas tecnológicas como a Amazon . Foi o que aconteceu com a rede de brinquedos Toys R Us e está acontecendo com as redes Macy's e Sears, com dezenas de lojas fechadas nos últimos meses.
O Credit Suisse, que já previu que de 20 a 25% dos shoppings centers dos Estados Unidos fechariam as portas nos últimos cinco anos, atacou novamente. Em estudo reproduzido pelo veículo Business Insider, o banco escolheu apenas sete companhias que continuarão financeiramente fortes e sobreviverão ao suposto apocalipse.
A instituição financeira calculou o retorno econômico sobre o investimento dos principais players do varejo mundial, uma métrica conhecida como Cash Flow Return On Investment (CFROI). Comparando o CFROI atual com a média dos últimos cinco anos e a projeção para 2019, o Credit Suisse analisou quais companhias já estavam precificadas para retornos econômicos menores e maiores.
Em resumo, as varejistas sobreviventes são aquelas que possuem um braço de comércio eletrônico grande e crescente, ajudando a levantar os resultados. Ao mesmo tempo, ser eficiente com os custos fixos - incluindo os grandes espaços do varejo tradicional - ajuda a manter uma operação financeiramente enxuta.
Há nomes esperados na lista do Credit Suisse, como Dufry (que está por trás dos adorados Duty Free, presentes nos aeroportos) e a chinesa JD.com. Uma surpresa, porém, é a presença de uma brasileira na lista: o Magazine Luiza . O estudo foi elaborado antes do resultado animador apresentado nesta semana pela companhia, de 94,5% de aumento no lucro.
Veja, a seguir, as sete empresas que escaparão do "apocalipse do varejo":
Empresa | Sede | Valor de mercado no momento do estudo |
---|---|---|
Zalando | Berlim (Alemanha) | 14 bilhões de dólares |
JD.com | Beijing (China) | 63 bilhões de dólares |
Magazine Luiza | Franca (São Paulo, Brasil) | 6 bilhões de dólares |
Home Product center | Nonthaburi (Tailândia) | 6 bilhões de dólares |
Burlington Stores | New Jersey (Estados Unidos) | 11 bilhões de dólares |
ASOS | Londres (Reino Unido) | 8 bilhões de dólares |
Dufry | Basel (Suíça) | 8 bilhões de dólares |