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6 empresas que enfrentam uma crise existencial

Ter coragem de mudar na hora certa não é um problema apenas das pessoas

Freud explica? Ou Jack Welch? (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 05h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h26.

São Paulo – Coragem para mudar na hora certa ou capacidade para encontrar sua verdadeira vocação não são problemas apenas dos pobres mortais. A história está cheia de exemplos de empresas que passaram pelo mesmo problema – e, muitas vezes, a lentidão em reagir as arrastou para fora do mercado. São muitos os motivos que podem detonar uma crise existencial em uma empresa. As mais óbvias são o surgimento de novas tecnologias ou um plano de negócios que, no final, revela-se inconsistente. Clique nas fotos para conferir algumas companhias que estão no divã do mundo dos negócios.
  • 2. Foursquare: legal, mas, afinal, do que se trata?

    2 /7(Android Market)

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    Em apenas um ano, o número de usuários do Foursquare disparou 3.400%, alcançando mais de 5 milhões de usuários. É cada vez mais comum ver amigos nas redes sociais dando o famoso “check in” cada vez que entram em um restaurante, loja ou balada – os mais entusiasmados listam suas próprias casas e ruas e viadutos por que passam. Tudo muito legal, muito moderno mas... o que é, afinal, o Foursquare? E como ele pode dar dinheiro? É o que se perguntam, cada vez mais, os especialistas em ferramentas digitais, publicitários e os próprios executivos da empresa. Para o site Social Times, as possíveis saídas para o Foursquare são: se tornar uma plataforma de marketing, uma espécie de jogo online, uma rede social, uma comunidade de recomendações de usuários, ou nada mais do que já é hoje.
  • 3. Sears: produtos errados em lojas desordenadas

    3 /7(Getty Images)

  • Uma das maiores redes de varejo de roupas do mundo, a Sears tomou um puxão de orelha de ninguém menos que o seu próprio presidente. Empossado em setembro do ano passado, Calvin McDonald demorou cerca de um mês para enviar um e-mail dramático a seus subordinados – e obtido pelo jornal canadense The Globe and Mail. No comunicado, McDonald afirma que a Sears vive “uma crise de identidade”. O ponto, para o executivo, é que a varejista está vendendo um mix de produtos equivocado em lojas desordenadas e mais atulhadas de merchandising do que de rentabilidade. Segundo ele, vivemos em um mundo onde as pessoas não têm tempo a perder, e os clientes da Sears simplesmente precisam “caçar” o que desejam pelos corredores. Os analistas, porém, estão céticos quanto à capacidade de McDonald transformar seu e-mail em ações práticas. Para piorar, a Target desembarcou no Canadá – sede da Sears – com toda a vontade.
  • 4. Kodak: sem máquinas e sem filmes, o que resta?

    4 /7(Scott Olson/Getty Images/Getty Images)

    A combalida Kodak é outro bom exemplo de uma companhia em crise existencial. Primeiro, a empresa deixou de fabricar filmes fotográficos – vistos como um anacronismo na era das câmeras digitais. Recentemente, a Kodak anunciou que vai deixar de fabricar, inclusive, as câmeras digitais. O motivo é simples: elas estão virando cada vez mais uma commodity no mundo dos bens de consumo. E, apesar de as vendas superarem as expectativas até da própria empresa, são um negócio deficitário. A esperança da empresa, agora, é investir no processo de impressão de fotografias digitais. A Kodak quer acelerar a abertura de lojas focadas neste serviço, bem como investir no atendimento de pedidos via internet.
  • 5. Target: alimentos que não nutrem as vendas

    5 /7(Getty Images)

    Segunda maior rede de varejo dos Estados Unidos, a Target cresceu com a fórmula do “cheap chic”, isto é, produtos com design elaborado e a preços acessíveis. Móveis, eletrodomésticos, artigos de cama, mesa e banho formavam o básico do catálogo da Target. A crise em que os Estados Unidos mergulharam em 2008 – e da qual ainda não saíram completamente -, porém, fez com que a Target ampliasse seu portfólio de produtos para alimentos, doces e bebidas. Se, no pior momento da crise, a estratégia atenuou a queda das vendas, agora parece exercer o efeito contrário. No último bimestre do ano passado, a empresa registrou vendas abaixo das expectativas – e muitos analistas culpam a perda de foco por isso.
  • 6. HP: ser ou não ser a IBM?

    6 /7(Divulgação)

    As idas-e-vindas da HP em relação à sua área de computadores pessoais mostra como a empresa enfrenta uma forte crise de identidade nos últimos tempos. Em agosto do ano passado, o então presidente Leo Apotheker afirmou que a divisão de PCs seria desmembrada e vendida, já que era pouco lucrativa. Em vez de fabricar máquinas, Apotheker imaginava uma empresa de softwares e serviços, a ponto de alguns observadores afirmarem que, no fundo, a HP queria se tornar uma nova IBM. Cerca de um mês depois, já com Meg Whitman no lugar de Apotheker, a HP anunciou que desistira do plano e que a divisão de PCs seria mantida. Segundo a nova presidente, a HP é, sobretudo, uma empresa de hardware. Mas o problema persiste: os equipamentos são pouco rentáveis, e os softwares dão mais retorno.
  • 7. RIM: a empresa de um teclado só

    7 /7(Reprodução)

    A Research in Motion ( RIM ) inventou o BlackBerry e ganhou fama mundial por isso. Durante muitos anos, o smartphone foi sinônimo de status entre os homens de negócio, segurança nas comunicações, design (o teclado era visto como charmoso), e exclusividade. Mas, hoje, pouca coisa sobrou dessa imagem. O iPhone da Apple inaugurou uma nova era – a dos smartphones com tela de toque, e deixou o teclado com cara de tiozão. A segurança na troca de dados também caiu por terra, depois de o governo indiano anunciar que tinha condições de invadir a rede do BlackBerry e ler e-mails trocados por seus usuários. Por fim, a exclusividade também já não é mais a mesma. Cada vez mais pressionada a gerar resultados financeiros concretos, a RIM vem realizando promoções e revendo seus preços – enquanto o iPhone é cada vez mais visto como o aparelho de quem é antenado e moderno.
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