São Paulo – Na última terça-feira, os pilotos da United Continental, maior companhia aérea do mundo, votaram pela greve, caso a empresa não unifique os contratos de trabalho de todos os funcionários. A companhia americana tem a partir de agora 30 dias para atender à reivindicação, ou então, pode deixar de operar mais de 5.000 voos diários por conta da paralisação de seus colaboradores. Além da United Continental, outras companhias também estão ameaçadas de parar, ou já estão paradas devido à greve. No Brasil, a General Motors, a Petrobras e a Eletrobras encontram-se nessa situação. Clique nas fotos e veja cinco grandes companhias que estão ou podem entrar em greve:
Em 2010, a United Airlines e a Continental Airlines uniram suas operações e formaram a maior companhia aérea do mundo. Apesar do ganho de eficiência, até hoje os pilotos das duas companhias lutam para ter um único contrato de trabalho. Mas, ainda não houve acordo entre eles e a United Continental, holding que detém o controle das duas empresas aéreas. Insatisfeitos com a situação, mais de 90% dos pilotos das duas empresas podem cruzar os braços nos próximos dias, caso a reivindicação não seja acatada. Segundo a Air Line Pilots Association (Alpa), órgão que representa a categoria, a United Continental tem o prazo de 30 dias para atender aos pedidos de seus funcionários, ou apresentar outras propostas. Caso os pilotos das companhias aéreas decidam pela greve, mais de 5.500 voos diários podem ser prejudicados. A United Continental voa para cerca de 350 destinos e tem frota de 700 aeronaves.
A Petrobras está tentando evitar que seus funcionários, como outras categorias de servidores públicos, entrem em greve e, por isso, apresentou à Federação Única dos Petroleiros (FUP) uma nova proposta que garante um acréscimo de mais de 2.000 reais ao piso da cota da participação de lucros de 2011. Alguns sindicatos da categoria de diferentes regiões do país, no entanto, já votaram pela greve e a partir de hoje pode haver paralisações. Até a última terça-feira, o piso de 16.500 reais vinha sendo rejeitado pelos empregados.
Nesta semana, os trabalhadores da General Motors, da fábrica de São José, cruzaram os braços por 24 horas para protestar contra as demissões que estão previstas na montadora. Segundo sindicato dos metalúrgicos da região, cerca de 2.000 pessoas podem ser mandadas embora depois que a GM encerrou a produção do modelo Zafira. O problema foi levado ao ministro-chefe da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que deve apresentar a situação à presidente Dilma Rousseff para que ela se posicione sobre o assunto.
A Vale também enfrenta uma situação de greve no Canadá. Desde a semana passada, operários que estão trabalhando na construção da unidade de níquel da companhia estão parados e exigem melhores condições salariais. A greve começou quando cerca de 100 operadores de guindastes bloquearam a entrada para o terreno de obras. Eles alegam que os salários em outras regiões são melhores do que no Canadá.
Desde o início da semana, os funcionários da Eletrobras entraram em greve, pois não conseguiram o aumento salarial. Os trabalhadores pedem aumento salarial de 10,73%, enquanto a companhia oferece 5,1%. Praticamente todos os funcionários da Eletrobras votaram a favor da paralisação. As 14 unidades da companhia estão com a operação reduzida. Apenas 30% dos funcionários estão trabalhando.
A Coris, de São Paulo, mudou de donos em 2020 e, de lá para cá, vem crescendo o faturamento num ritmo de dois digítos por ano. Como a empresa conseguiu? Mudando tudo — da sede ao modelo de negócio