Agência de notícias
Publicado em 25 de abril de 2025 às 16h03.
Última atualização em 25 de abril de 2025 às 16h09.
Depois de três dias sendo velado na Basílica de São Pedro, começou o rito de fechamento do caixão do Papa Francisco às 20h desta sexta-feira (15h no horário de Brasília). Uma hora antes, a visitação havia sido encerrada ao público. Segundo o Vaticano, 250 mil fiéis se despediram do Pontífice desde quarta-feira, quando seu corpo deixou a Casa Santa Marta, onde vivia, e chegou em uma procissão na capela-ardente.
A cerimônia litúrgica de fechamento do caixão é presidida pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana que comandará o conclave e é um dos cotados para suceder Jorge Bergoglio. O Vaticano informou, em nota, que diversos cardeais e oficiais da Santa Sé estão no evento.
Depois do rito, o caixão do jesuíta argentino será preparado para a missa solene que acontece neste sábado, na Praça de São Pedro, de onde partirá o cortejo fúnebre às 10h (5h no horário de Brasília). O trajeto percorrerá 6 quilômetros pelas ruas de Roma, passando pelo Coliseu, com destino final na Basílica de Santa Maria Maior, onde o Pontífice será sepultado, conforme seu desejo de descansar fora das criptas papais tradicionais.
Espera-se a presença de mais de 200 mil pessoas, de acordo com o jornal inglês The Guardian, incluindo líderes mundiais como Donald Trump, Emmanuel Macron, Volodymyr Zelensky e o príncipe William. O presidente Lula já está em Roma e compareceu ao velório de Francisco nesta sexta.
Os ritos de sábado também marcam o início do Novemdiales, o período de nove dias de luto e orações pela alma do Pontífice. Segundo a Santa Sé, fiéis poderão visitar o túmulo de Jorge Bergoglio já a partir deste domingo.
O sepultamento marca uma ruptura com a tradição, já que Francisco será o primeiro Papa em mais de um século a ser enterrado fora da Basílica de São Pedro. A escolha reflete seu compromisso com a simplicidade e a proximidade com os mais humildes.
O conclave para a escolha do novo Papa deve começar em 6 de maio, com 135 cardeais eleitores reunidos no Vaticano. Entre os nomes cotados estão os cardeais Matteo Zuppi (Itália), Pietro Parolin (Secretário de Estado) e Luis Antonio Tagle (Filipinas).