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Variação da covid já chegou a Dinamarca, Holanda e Austrália, diz OMS

OMS alerta neste domingo, dia 20, que a nova cepa não está mais restrita ao Reino Unido, onde é responsável por mais de 60% das novas infecções em Londres

Mutação do coronavírus com maior poder de propagação foi identificada em quatro países, segundo a OMS (Getty Images/Getty Images)

Mutação do coronavírus com maior poder de propagação foi identificada em quatro países, segundo a OMS (Getty Images/Getty Images)

CA

Carla Aranha

Publicado em 20 de dezembro de 2020 às 15h46.

Última atualização em 21 de dezembro de 2020 às 16h06.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou neste domingo, dia 20, que a variação da covid identificada no Reino Unido, capaz de se propagar com uma rapidez 70% maior do que a cepa original, foi encontrada também na Dinamarca, Holanda e na Austrália.

A variante, chamada de B.1.1.7, pode estar suplantando outras mutações da Sars-Cov-2, acreditam os cientistas. 

O cientista britânico Jeffrey Barrett, diretor do Covid Genomics Initiative at the Wellcome Sanger Institute, disse ao jornal Financial Times que 23 marcações do vírus original se modificaram, sendo que 17 são capazes de afetar seu comportamento. O objetivo do vírus é aumentar seu poder de infecção. Para fazer isso, a covid estaria se adaptando para se multiplicar com mais intensidade nas células humanas. 

A OMS declarou que está trabalhando em conjunto com as autoridades sanitárias do Reino Unido, onde a nova cepa foi identificada pela primeira vez, para estudar a mutação e entender de que forma ela pode afetar o desenrolar da pandemia.

A variação é responsável por mais de 60% das novas infecções em Londres, segundo as autoridades locais. Países como a Alemanha, Itália, Bélgica e Holanda decidiram suspender os voos para o Reino Unido temporariamente, até que haja um entendimento maior sobre a nova mutação.

Os cientistas acreditam que a vacina provavelmente será eficaz contra a variação do vírus. A maior fonte de preocupação no momento é seu alto poder de propagação. A comunidade científica vem se debruçando sobre o B.1.1.7 para compreender mais a fundo suas características.

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