Trump diz que Zelensky dificulta acordo ao não reconhecer Crimeia como território russo

Presidente americano também criticou o ucraniano após ele afirmar que nunca reconheceria a anexação russa da Península da Crimeia em 2014

US President Donald Trump speaks during a cabinet meeting in the Cabinet Room of the White House on April 10, 2025, in Washington, DC. Trump on Thursday warned of the "transition cost" from his tariff policies, as Wall Street stocks fell again over the worsening trade war with China. (Photo by Brendan SMIALOWSKI / AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 23 de abril de 2025 às 18h22.

Última atualização em 23 de abril de 2025 às 18h30.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , acusou nesta quarta-feira seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de colocar em risco um acordo para encerrar a guerra com suas declarações nas quais se recusou a reconhecer a Crimeia como território russo.

"Essas declarações são muito prejudiciais às negociações de paz com a Rússia, já que a Crimeia foi perdida anos atrás" no governo de Barack Obama e "nem é um ponto de discussão", afirmou na rede social "Truth Social".

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"Ninguém está pedindo a Zelensky que reconheça a Crimeia como território russo, mas se ele a quer, por que não lutaram por ela 11 anos atrás, quando foi entregue à Rússia sem um único tiro?", acrescentou.

Trump atacou o mandatário ucraniano após ele afirmar que nunca reconheceria a anexação russa da Península da Crimeia em 2014 como parte de um acordo com Moscou para encerrar a guerra atual.

"Não há nada a falar; esta é a nossa terra, a terra do povo ucraniano", declarou Zelensky durante as negociações desta quarta em Londres entre representantes americanos, europeus e ucranianos.

Trump observou que "são declarações incendiárias como as de Zelensky que dificultam tanto a resolução desta guerra" e afirmou que suas palavras "não farão nada além de prolongar" o conflito.

"Ele não tem do que se gabar! A situação da Ucrânia é desesperadora: ele pode alcançar a paz ou lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro", disse.

O presidente americano enfatizou que um acordo está "muito próximo" e que espera "poder ajudar a Ucrânia e a Rússia a sair deste desastre completo e total".

De acordo com o portal americano "Axios", o plano de paz de Trump inclui o reconhecimento americano da Crimeia como parte da Rússia e o reconhecimento não oficial do controle de Moscou sobre quase todas as áreas ocupadas desde a invasão russa do país em 2022.

O jornal The Wall Street Journal relata que os EUA propuseram que a Ucrânia reconheça como território russo a península, que renuncie sua futura filiação à Otan e aceite o controle de Washington sobre a maior usina nuclear da Europa, Zaporizhzhya, que é ocupada pela Rússia.

O vice-presidente americano, JD Vance, afirmou hoje na Índia que a proposta de seu governo é "muito explícita" e que chegou a hora de ambos os lados aceitá-la ou "os Estados Unidos se retirarão do processo".

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