Agência de notícias
Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 06h28.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2025 às 07h47.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu ser possível chegar a um acordo comercial com a China, um alvo central de sua política tarifária, para quem já impôs tarifas adicionais de 10% sobre todos os seus produtos.
Em 2020, os Estados Unidos haviam alcançado "um grande acordo comercial com a China", e um novo pacto é "possível", disse Trump a jornalistas, na quarta-feira, 18, enquanto estava a bordo do avião presidencial.
Entre Washington e Pequim "há um pouco de concorrência, mas o relacionamento que tenho com o presidente Xi (Jinping) é, eu diria, excelente", acrescentou o mandatário republicano.
Desde seu retorno à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump fez das tarifas sua principal ferramenta para reduzir o expressivo déficit comercial dos EUA.
No início de fevereiro, impôs uma tarifa adicional de 10% sobre todos os produtos importados da China. Pequim retaliou com impostos de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito e de 10% sobre petróleo e outros bens, como máquinas agrícolas e veículos.
A China é o país com o maior superávit comercial em relação aos Estados Unidos, totalizando US$ 295,4 bilhões em 2024, de acordo com a Secretaria de Análise Econômica, vinculada ao Departamento de Comércio dos EUA.
Segundo dados das alfândegas chinesas, os Estados Unidos receberam quase 15% das exportações do gigante asiático em 2024.
Também em fevereiro, Trump anunciou tarifas de 25% contra México e Canadá, seus vizinhos e parceiros comerciais no tratado T-MEC, alegando que não faziam o suficiente para conter a migração irregular e o tráfico de fentanil. No entanto, concordou em adiá-las por um mês enquanto negocia com esses governos.
Além disso, planeja impor novos tributos de 25% sobre as importações de aço e alumínio de todos os seus parceiros comerciais, além de outras "tarifas recíprocas".