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Temer: não há razão para duvidar da economia brasileira

Vice-presidente do Brasil convidou os presentes em conferência nos EUA a não deixar-se levar pelas "interpretações pessimistas" sobre a situação do Brasil


	Michel Temer: "objetivamente, não há razões claras para perder a confiança no Brasil, seja de um ponto de vista econômico ou social", assegurou o vice-presidente  (José Cruz/ABr)

Michel Temer: "objetivamente, não há razões claras para perder a confiança no Brasil, seja de um ponto de vista econômico ou social", assegurou o vice-presidente  (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 18h10.

Nova York - O vice-presidente, Michel Temer, defendeu nesta segunda-feira em Nova York que não existem "razões objetivas" para perder a confiança na economia nacional e encorajou os investidores estrangeiros a apostar no país.

Temer, que discursou em uma conferência sobre o papel global das economias emergentes, convidou os presentes a não deixar-se levar pelas "interpretações pessimistas" sobre a situação do Brasil.

"Objetivamente, não há razões claras para perder a confiança no Brasil, seja de um ponto de vista econômico ou social", assegurou.

Segundo Temer, "o Brasil é hoje parte da solução e não parte dos problemas globais".

O vice-presidente defendeu em seu discurso os progressos conseguidos pelo país durante os últimos anos, inclusive durante a crise financeira internacional, e garantiu que o governo manterá suas políticas sem renunciar a finanças robustas.

Temer, que se referiu indiretamente ao recente rebaixamento que a agência Standard & Poor"s fez da nota soberana brasileira, ressaltou que a "responsabilidade fiscal" é fundamental para o governo da presidente Dilma Rousseff.

"A despesa corrente do Governo Federal está sob controle", garantiu, ao mesmo tempo em que lembrou que a dívida pública se reduziu "substancialmente" nos últimos anos.

Além disso, assegurou que as próximas eleições não farão com que essas políticas fiscais relaxem.

Temer lembrou que a economia brasileira cresceu 2,3% em 2013 apesar das perspectivas negativas que existiam, e opinou que há "condições para que alcancemos mais crescimento em 2014 que no ano anterior".


O discurso do vice-presidente aconteceu pouco depois que hoje os analistas do mercado financeiro voltaram a diminuir suas previsões de crescimento para a economia do Brasil em 2014, que eram de 1,69% até semana passada e que agora situaram em 1,63%, segundo informou o Banco Central.

Em declarações aos jornalistas, o vice-presidente assegurou ainda que, apesar dos temores que possam existir, o governo está trabalhando para conter a inflação e a tem "sob controle".

Além disso, Temer destacou as oportunidades que o Brasil apresenta para os investidores estrangeiros e destacou a segurança jurídica e as facilidades que a expansão das infraestruturas oferecem.

"Um novo ciclo de crescimento econômico global está em progresso. À medida que a crise se dissipa, crescerá a atenção sobre os países emergentes", considerou.

A visita de Temer aos Estados Unidos tem como objetivo "vender a verdadeira imagem do Brasil", segundo indicou o próprio vice-presidente à imprensa.

Nos últimos meses, um bom número de analistas pôs em dúvida a estabilidade da economia brasileira e de outros países do chamado grupo dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul).

Na conferência realizada em Nova York participaram representantes dos setores público e privado de todos esses países, que insistiram nas oportunidades que suas nações seguem representando.

O Brasil contou com a presença, entre outros, do embaixador na ONU e ex-ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço.

O país será sede em julho da próxima cúpula dos Brics, que acontecerá na cidade de Fortaleza.

Temer antecipou que a intenção do encontro é "iniciar um segundo ciclo para aprofundar e ampliar a coordenação e cooperação" dentro do grupo e confirmar os acordos alcançados na cúpula anterior de Durban (África do Sul) para a criação de um novo Banco de Desenvolvimento e de uma reserva financeira para responder a crise macroeconômicas.

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