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Strippers conquistam lei de proteção trabalhista no estado americano de Washington

Legislação é uma das mais avançadas nos Estados Unidos e estabelece padrões de segurança e remuneração

Congresso dos Estados Unidos, em Washington  (Tim Graham/Getty Images)

Congresso dos Estados Unidos, em Washington (Tim Graham/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 26 de março de 2024 às 19h54.

Última atualização em 26 de março de 2024 às 19h55.

Strippers no noroeste dos Estados Unidos conquistaram proteções trabalhistas depois que o governador do estado de Washington assinou uma carta de direitos destinada a proteger esse setor do entretenimento adulto.

A legislação, promulgada por Jay Inslee, é uma das mais avançadas nos Estados Unidos e estabelece padrões de segurança e remuneração.

"Strippers são trabalhadores e devem ter os mesmos direitos e proteções que outros grupos trabalhistas", disse a senadora estadual Rebecca Saldana, que apoiou o projeto.

"Se um estabelecimento legal em Washington as contrata, elas merecem as proteções que qualquer outro trabalhador tem garantido, incluindo proteção contra exploração, tráfico e abuso."

A lei exige a presença de botões de pânico nas áreas onde as dançarinas ficam sozinhas com os clientes e que os clubes tenham pessoal treinado para lidar com questões de segurança.

Também estabelece requisitos para limitar a quantidade de dinheiro que um clube cobra das strippers, muitas das quais são trabalhadoras independentes.

A lei também permite a venda de álcool nos clubes, o que adiciona uma renda significativa que pode ajudar os estabelecimentos a se adaptarem economicamente às novas medidas.

A legislação foi elaborada com contribuições do grupo ativista Strippers são Trabalhadores.

"Durante cinco anos, organizamos e alcançamos um consenso com as dançarinas para desenvolver uma lei que abordaria questões relacionadas à indústria do entretenimento adulto em Washington e que concederia mais direitos trabalhistas e proteções às dançarinas", contou o grupo antes da promulgação.

"As dançarinas merecem que seu trabalho seja igualitário, seguro e sem estigmatização”, acrescentou.

Strippers na Nova Zelândia protestaram no Congresso em janeiro pedindo melhores direitos trabalhistas e reformas na indústria do entretenimento adulto.

Em Los Angeles, strippers de um bar votaram no ano passado pela sindicalização para conquistar maiores proteções contra o que consideravam práticas de exploração.

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