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Socialistas da França não farão parte do governo de Bayrou, mas estão abertos a colaborar

Novo primeiro-ministro foi anunciado nesta sexta-feira pelo presidente Emmanuel Macron

O presidente francês Emmanuel Macron (à direita) posa com seu aliado centrista e prefeito de Pau, François Bayrou (AFP)

O presidente francês Emmanuel Macron (à direita) posa com seu aliado centrista e prefeito de Pau, François Bayrou (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 13h07.

Última atualização em 13 de dezembro de 2024 às 13h10.

Os socialistas da França, fundamentais para a continuidade do governo do recém-nomeado primeiro-ministro do país, François Bayrou, anunciaram nesta sexta-feira, 13, que não se unirão ao governo, mas deixaram a porta aberta para a colaboração.

“Nossos votos dependerão dos compromissos que ele (Bayrou) assumir para construir a reorientação política do governo”, afirmou o gabinete nacional do partido em uma carta enviada ao novo chefe de Governo.

Em sua carta, os socialistas destacam sua disposição de estar “na oposição” a um governo que consideram “de continuidade”, mas oferecem seu apoio a uma mudança de direção política em troca de não votarem a favor da moção de censura anunciada por seus aliados de A França Insubmissa (LFI).

Especificamente, eles exigem que o novo governo renuncie ao apoio da extrema-direita, desista de aprovar orçamentos sem votação parlamentar e empreenda uma mudança política em questões como pensões, poder de compra, justiça social, serviços públicos e transição ecológica.

“O respeito a esses princípios depende do fato de não apoiarmos a moção de censura”, insistiram.

Assim, com seus 60 deputados, os socialistas têm a chave para a continuidade do governo de Bayrou.

Pouco antes, seus aliados comunistas também garantiram que dariam uma chance ao novo governo, enquanto a LFI e os ecologistas apostaram em derrubá-lo desde o início, já que não é liderado por alguém de seus grupos.

A extrema-direita de Marine Le Pen também garantiu que não votaria em uma moção de censura desde o início, mas exigiu de Bayrou as mesmas questões programáticas que, em sua opinião, não foram atendidas por seu antecessor, o conservador Michel Barnier.

“Qualquer política que consista apenas em prolongar o macronismo, rejeitado duas vezes nas urnas, só pode levar a um beco sem saída e ao fracasso", alertou Marine na rede social X (ex-Twitter).

“Pedimos a ele que faça o que seu antecessor não quis fazer: ouvir a oposição a fim de construir um orçamento razoável e elaborado”, declarou.

A porta-voz parlamentar da LFI, Mathilde Panot, anunciou que uma moção de censura seria apresentada nos próximos dias.

A líder ambientalista Marine Tondelier afirmou que está considerando apoiar a moção, enquanto o comunista Fabien Roussel disse que não o fará desde o início, pois está esperando conhecer os objetivos de Bayrou.

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