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Rússia pausa entregas de gás à Itália, em meio a imbróglio com Áustria

Itália vem comprando gás de outras regiões, como Argélia, Noruega e Egito, para reduzir dependência da Gazprom

Sede da Gazprom na Rússia (AFP/AFP)

Sede da Gazprom na Rússia (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2022 às 12h58.

Última atualização em 2 de outubro de 2022 às 13h51.

A Gazprom, estatal da Rússia do setor de gás, afirmou que suspendeu suas entregas à Itália neste fim de semana após não receber autorização para que o suprimento de gasodutos na Áustria fosse retomado.

Não ficou claro se a interrupção se dá por um problema burocrático temporário ou se a Itália se juntou a lista de países europeus que foram cortados do suprimento russo.

Autoridades austríacas disseram que a Gazprom não assinou mudanças em contratos de entregas requeridas por ajustes regulatórios feitos anualmente, os quais a empresa conhece há meses. A Gazprom, o governo da Áustria e a companhia italiana de energia Eni SPa afirmaram que estão trabalhando por uma solução.

De qualquer forma, as entregas de gás da Rússia representam hoje menos de 10% do suprimento na Itália, após medidas tomadas pelo governo do país e a Eni, que aumentaram a compra de outras fontes, como Argélia, Noruega, Egito, Qatar e Azerbaijão.

Os fluxos de gás na Itália excedem a demanda de domicílios e empresas, o que ajudou o país a encher a 90% seus reservatórios.

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