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Rússia espera que Putin e Obama falem sobre Síria no G20

"Não está prevista uma reunião, mas acreditamos que é muito provável que Putin e Obama tenham a oportunidade de conversar durante a cúpula", disse o porta-voz


	Putin e Obama: os dois países negociam no mais alto nível um cessar-fogo durável na Síria
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Putin e Obama: os dois países negociam no mais alto nível um cessar-fogo durável na Síria (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 10h08.

Moscou - Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Barack Obama, não programaram uma reunião bilateral na cúpula do G20 que começa neste fim de semana na China, mas é provável que aproveitem a reunião para, pelo menos, falarem sobre a Síria, disse nesta quarta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Não está prevista uma reunião, mas acreditamos que é muito provável que Putin e Obama tenham a oportunidade de conversar durante a cúpula. De uma forma ou de outra, está claro que ambos vão trocar opiniões sobre o assunto sírio", disse Peskov em entrevista coletiva.

Apesar de todas as diferenças que os dois líderes mantêm sobre o presente e o futuro da Síria, Rússia e Estados Unidos vêm cooperando como nunca neste assunto nas últimas semanas, tanto para coordenar suas operações no terreno, como para assentar o caminho para a paz no país árabe.

Os dois países negociam no mais alto nível um cessar-fogo durável na Síria, mas não foram capazes até agora de coincidir em quais milícias armadas sírias pertencem à oposição moderada e quais fazem parte de organizações terroristas.

O governo americano reconheceu que os jihadistas da Frente al Nusra lutam ao lado da oposição moderada em Aleppo e prometeu separar seus aliados dos terroristas, mas também acusou o regime sírio de Bashar al Assad, que é um aliado da Rússia, de bombardear a população civil e exigiu o fim desses ataques.

A Rússia, por sua vez, defende que a operação militar em Aleppo, a segunda cidade mais importante do país, tem objetivos humanitários e denuncia que parte da oposição armada apoiada pelos EUA se nega a respeitar o cessar-fogo e prefere lutar lado a lado com os terroristas. 

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