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Rússia afirma que teto do preço do petróleo não afetará ofensiva contra Ucrânia

O objetivo da nova sanção é privar a Rússia de uma parte dos recursos obtidos com a venda de combustíveis e reduzir a capacidade de financiamento do esforço de guerra na Ucrânia

Eleição: partido do governo tem 38,75% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral (AFP/AFP)

Eleição: partido do governo tem 38,75% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 08h25.

Última atualização em 5 de dezembro de 2022 às 08h46.

O teto ao preço do petróleo da Rússia decidido pelas potências ocidentais não terá impacto na ofensiva de Moscou na Ucrânia, afirmou o Kremlin nesta segunda-feira, 5.

"A economia da Federação da Rússia tem todas as capacidades necessárias para responder plenamente às necessidades e requisitos da operação militar especial. Estas medidas não terão impacto", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

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O porta-voz se referia ao teto que União Europeia, G7 e Austrália adotaram contra o petróleo russo para prejudicar a economia de Moscou. O mecanismo prevê que apenas o petróleo russo vendido a um preço igual ou inferior a 60 dólares pode ser entregue.

O valor do barril de petróleo dos Urais era negociado até semana passada a 65 dólares, um pouco acima do teto adotado, que entra em vigor nesta segunda-feira.

O objetivo da nova sanção é privar a Rússia de uma parte dos recursos obtidos com a venda de combustíveis e reduzir a capacidade de financiamento do esforço de guerra na Ucrânia. Peskov disse que as medidas "talvez tenham um impacto na estabilidade do mercado mundial de energia" e que representam um "passo para a desestabilização".

O porta-voz destacou que Moscou está preparando represálias pela adoção do teto ao preço de seu petróleo. O limite de preço coincide com a entrada em vigor nesta segunda-feira do embargo da UE à importação de petróleo russo por via marítima.

O Kremlin alertou que não entregará mais petróleo aos países que adotarem o mecanismo de teto de preços, uma posição reiterada no domingo pelo vice-ministro de Energia, Alexander Novak.
Novak afirmou que o país está trabalhando em "mecanismos" para "proibir o uso" da ferramenta de limitação do preço. "Uma interferência do tipo só pode provocar uma grande desestabilização do mercado e a escassez de recursos energéticos", disse.

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