Caça americano F-16 se prepara para participar nas manobras aéreas da Otan, em 9 de junho de 2023 em Jagel, Alemanha (AFP/AFP)
Redação Exame
Publicado em 13 de julho de 2023 às 08h04.
Última atualização em 13 de julho de 2023 às 11h02.
Os caças F-16 enviados à Ucrânia serão considerados pela Rússia como uma ameaça "nuclear" por sua capacidade de transportar armas atômicas, afirmou o chefe da diplomacia de Moscou, Serguei Lavrov, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira.
"Nós vamos considerar o fato de as Forças Armadas da Ucrânia terem tais sistemas como uma ameaça do Ocidente no âmbito nuclear", declarou Lavrov em uma entrevista ao jornal online Lenta.ru, que foi citada pelo ministério russo das Relações Exteriores.
O chefe da diplomacia russa informou que Moscou advertiu os Estados Unidos, Reino Unido e França por ajuda militar à Ucrânia. "A Rússia não pode ignorar a capacidade destas aeronaves de transportar armas nucleares", destacou Lavrov. "Estados Unidos e seus satélites da Otan criam riscos de um confronto armado direto com a Rússia e isto pode ter consequências catastróficas", acrescentou o ministro.
O governo dos Estados Unidos rejeitou durante muito tempo o pedido da Ucrânia para o envio de caças F-16 para evitar uma escalada do conflito, mas em maio cedeu às insistências de Kiev.
O calendário de entrega dos aviões de fabricação americana e a quantidade exata de caças que serão enviados ainda não foram anunciados. A Ucrânia anunciou na terça-feira a criação de uma "coalizão" de 11 países para treinar seus pilotos nos caças F-16.
Com AFP.