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Reunião da Celac é cancelada após superação de atrito sobre imigrantes entre EUA e Colômbia

Aviões da Força Aérea colombiana retornaram dos Estados Unidos na terça-feira trazendo imigrantes deportados

Agência o Globo
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Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 07h21.

Última atualização em 29 de janeiro de 2025 às 07h21.

A reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para discutir migração, convocada para quinta-feira em Honduras, foi cancelada após a superação do "impasse"
entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Colômbia, Gustavo Petro.

"Honduras, no exercício da presidência pro-tempore da Celac, cancela a reunião extraordinária de chefes de Estado e de governo convocada para 30 de janeiro", anunciou a chancelaria hondurenha, em comunicado.

A decisão se deve ao fato de que "a Colômbia anunciou publicamente (...) que o 'impasse' havia sido superado", acrescentou o comunicado.

A presidente hondurenha, Xiomara Castro, havia convocado no domingo uma reunião "urgente" da Celac para tratar dos temas de "migração", "unidade latino-americana e caribenha" e "meio ambiente".

O anúncio ocorreu em meio à crise diplomática entre Colômbia e Estados Unidos.

A crise começou com a controvérsia entre os presidentes Trump e Petro, depois que o governo colombiano bloqueou a entrada em Bogotá de voos militares com migrantes deportados dos Estados Unidos.

Diante do bloqueio, Trump ordenou um aumento de 25% nas tarifas sobre importações colombianas, ao que Petro respondeu prometendo medidas na mesma proporção.

Naquele momento, Petro escreveu em sua conta na rede X que havia solicitado à presidente Castro a convocação da reunião da Celac e que compareceria "pessoalmente" a Tegucigalpa.

Após horas de tensão, Bogotá aceitou os termos das políticas do mandatário republicano e desativou uma disputa que se intensificava.

Dois aviões da Força Aérea Colombiana decolaram na segunda-feira de Bogotá rumo às cidades americanas de San Diego e Houston e retornaram nesta terça-feira à capital colombiana com cerca de 200 migrantes deportados.

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