Mundo

Reitora da Universidade de Columbia renuncia ao cargo meses após protestos por Gaza

Em 2023, estudantes ocuparam o campus contra a guerra entre Israel e Hamas

A reitora da Universidade de Columbia, Minouche Shafik, durante sessão no Congresso dos Estados Unidos, em 17 de abril de 2024 (AFP)

A reitora da Universidade de Columbia, Minouche Shafik, durante sessão no Congresso dos Estados Unidos, em 17 de abril de 2024 (AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 09h42.

Tudo sobreColumbia
Saiba mais

A reitora da Universidade de Columbia em Nova York renunciou ao cargo na quarta-feira, 14, a poucas semanas do início de um novo ano acadêmico, alegando o desgaste provocado por "um período de turbulência" após ps protestos estudantis pela guerra entre Israel e Hamas.

A instituição nova-iorquina foi o primeiro ponto das manifestações universitárias que se propagaram pelos Estados Unidos para exigir um cessar-fogo no conflito.

Em uma carta à comunidade acadêmica, a economista britânico-americana Minouche Shafik, reitora de Columbia desde julho de 2023, menciona um "período de turbulência em que foi difícil superar opiniões divergentes em nossa comunidade".

"Este período afetou consideravelmente a minha família", acrescentou Shafik, para quem a renúncia "permitirá a Columbia enfrentar melhor os desafios futuros".

"Nós devemos fazer o possível para resistir às forças da polarização em nossa comunidade", escreveu.
Na carta, Shafik cita "ameaças", "insultos" e "maus-tratos" contra ela, seus colegas e estudantes durante os protestos no campus.

A pedido da reitora, a polícia de Nova York desalojou à força, em 30 de abril, dezenas de ativistas e estudantes da a universidade, que suspende a tradicional cerimônia de entrega de diplomas.

Shafik, assim como outros reitores universitários, foi acusada pela direita americana de permitir o aumento do antissemitismo nos campi e de não proteger os estudantes judeus.

As reitoras das universidades da Pensilvânia, Harvard e Cornell também renunciaram aos cargos nos últimos meses, uma consequência dos protestos estudantis.

Acompanhe tudo sobre:ColumbiaNova YorkEstados Unidos (EUA)Educação

Mais de Mundo

Rússia diz ter certeza de que os EUA 'compreenderam' a mensagem após ataque com míssil

Autoridades evacuam parte do aeroporto de Gatwick, em Londres, por incidente de segurança

Japão aprova plano massivo para impulsionar sua economia

Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca de tropas, diz diretor sul-coreano