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Reino Unido e Noruega se comprometem a apoiar Ucrânia no front e nas negociações

Ministros dos dois países se encontraram nesta quinta-feira no Quartel-General Conjunto norueguês

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 14h07.

Os ministros da Defesa do Reino Unido e da Noruega, John Healey e Tore Sandvik, se comprometeram nesta quinta-feira a manter o apoio à Ucrânia tanto militarmente quanto na mesa de negociações, ao mesmo tempo em que anunciaram um pacto para aumentar a cooperação bilateral.

Após uma reunião no Quartel-General Conjunto da Noruega, no norte do país, Healey disse em uma entrevista coletiva que os dois governos "continuarão oferecendo e intensificando" seu apoio a Kiev, o qual vêm garantindo desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.

"Nosso trabalho é estar com os ucranianos, apoiá-los no front e, se decidirem dialogar, apoiá-los também nas negociações", destacou.

Ao comentar os ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o ministro britânico lembrou que foi a Rússia que iniciou a guerra ao invadir o território soberano da Ucrânia.

"Esta guerra poderia terminar hoje se o presidente (russo, Vladimir) Putin retirasse suas tropas", declarou.

Em sua opinião, os interesses de segurança da Europa e dos Estados Unidos seriam atendidos pelo "fim da guerra e por uma Otan unificada".

Healey reiterou ainda que o Reino Unido "está pronto para fazer sua parte" caso a guerra termine "e se forem necessárias garantias de segurança de longo prazo", como uma força de manutenção da paz.

Apesar das críticas de Washington à Aliança Atlântica, o ministro trabalhista disse que a organização multilateral de defesa está "mais forte do que nunca".

"Três anos após a invasão, Finlândia e Suécia fazem parte da Otan, e no último ano nações não americanas aumentaram seus gastos com defesa em 20%. Estamos melhorando a segurança europeia; reconhecemos que mais precisa ser feito e faremos", assegurou.

Durante a reunião, os dois ministros concordaram também em trabalhar em um novo acordo bilateral de defesa para combater a ameaça russa no Ártico.

Este pacto, que planejam assinar no verão europeu, incluirá a colaboração de suas Forças Armadas - por exemplo, para proteger cabos de comunicação localizados no fundo do mar de sabotagem -, a construção de equipamentos defensivos e o fortalecimento da Otan, de acordo com um comunicado.

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