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Putin anuncia que Rússia seguirá EUA e abandonará acordo nuclear

A decisão é uma resposta à retirada dos Estados Unidos do acordo, assinado em 1987, durante a Guerra Fria

Vladimir Putin: "Nossos parceiros americanos anunciaram a suspensão de sua participação no acordo, então nós também a suspenderemos", afirmou o presidente russo (Sputnik/Alexei Nikolsky/Kremlin/Reuters)

Vladimir Putin: "Nossos parceiros americanos anunciaram a suspensão de sua participação no acordo, então nós também a suspenderemos", afirmou o presidente russo (Sputnik/Alexei Nikolsky/Kremlin/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2019 às 10h10.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste sábado que o país também abandonará o tratado de controle de armas nucleares assinado com os Estados Unidos em 1987, durante a Guerra Fria, após os EUA terem informado ontem (1) que deixarão o acordo. O Departamento de Estado americano alega que as negociações para obrigar Moscou a abandonar mísseis e lançadores falharam. Funcionários do governo de Donald Trump indicaram por meses que estavam dispostos a deixar de lado o pacto e, na quinta-feira, as discussões entre os dois países para salvar o acordo falharam.

O governo russo acusa a administração dos EUA de fazer acusações falsas para justificar sua retirada.

No coração da disputa está a recusa da Rússia em destruir o míssil Novator 9M729. Moscou insiste que ele é totalmente compatível com o tratado. Neste sábado, Washington iniciará o processo formal de retirada, que deve durar cerca de seis meses. A Rússia teria a opção de reverter o curso durante esse período caso aceitasse as exigências americanas para destruir tanto os mísseis quanto os lançadores.

Agora pela manhã, Putin acrescentou que seu país desenvolverá novas armas nucleares de médio alcance, mas só as empregará se Washington fizer o mesmo. Disse também que a retirada do governo russo do tratado se dará dentro de seis meses, assim como anunciado pelo governo norte-americano.

Assinado pelo presidente Ronald Reagan e pelo líder soviético Mikhail Gorbachev, o pacto foi saudado como um tratado histórico que sinaliza o fim da Guerra Fria. Fonte: Associated Press.

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