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Presidente filipino promete renunciar se mulheres protestarem contra ele

"Se suficientes mulheres assinarem uma petição para a minha renúncia, eu farei isso", disse Duterte

Polêmica: o presidente filipino, de 73 anos é conhecido pelos seus frequentes discursos fora de tom, e já foi objeto de polêmica em várias ocasiões por comentários considerados sexistas e misóginos (Ezra Acayan/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de junho de 2018 às 10h13.

Última atualização em 6 de junho de 2018 às 14h50.

Bangcoc - O presidente das Filipinas , Rodrigo Duterte, afirmou que vai renunciar caso aconteçam grandes protestos de mulheres contra ele, após um polêmico ato público em Seul onde beijou uma mulher nos lábios, segundo informações publicadas nesta quarta-feira pela imprensa local.

"Se suficientes mulheres assinarem uma petição para a minha renúncia, eu farei isso", disse Duterte, ontem à noite, quando regressou ao país após sua visita oficial à Coreia do Sul.

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No último domingo, durante um evento realizado com a diáspora filipina na capital sul-coreana, Duterte chamou duas mulheres ao palco com a desculpa de presentear-lhes um livro, e pede a uma delas um beijo nos lábios como compensação.

O comportamento do líder foi qualificado de "machista" e criticado por várias organizações de mulheres filipinas.

No retorno ao seu país, Duterte chamou o contato como "puro espetáculo" e afirmou que é parte de seu "estilo" de fazer política, segundo o site de notícias "Rappler".

"Durante os dias em que ele fazia campanha para a prefeitura (de Davao), beijava todas as mulheres nos lábios", afirmou os políticos, que antes de assumir a presidência, governou durante mais de duas décadas a maior cidade do sul do país.

O presidente filipino, de 73 anos, mulherengo confesso e conhecido pelos seus frequentes discursos fora de tom, já foi objeto de polêmica em várias ocasiões por comentários considerados sexistas, misóginos ou depreciativos para as mulheres.

Em fevereiro deste ano, por exemplo, pediu aos militares que disparassem nas "vaginas" das guerrilheiras comunistas para que não tivessem filhos.

Antes de chegar à presidência, em junho de 2016, desencadeou fortes protestos por contar uma piada sobre uma freira australiana estuprada e assassinada durante um motim em uma prisão em 1989.

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