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Presidente de Portugal dissolve Parlamento; eleições foram remarcadas para maio

Após derrota de Luís Montenegro em votação de confiança, Portugal se prepara para a terceira eleição em três anos, em meio à crescente desilusão dos eleitores

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal. (Horacio Villalobos - Corbis/Getty Images)

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal. (Horacio Villalobos - Corbis/Getty Images)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 13 de março de 2025 às 17h40.

Última atualização em 13 de março de 2025 às 17h49.

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O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições para o dia 18 de maio. A medida foi anunciada na quinta-feira, 13, e ocorre logo após a queda do primeiro-ministro Luís Montenegro, que perdeu o voto de confiança no parlamento na última terça-feira, 11 de março.

O pedido de confiança foi feito por Montenegro, líder do Partido Social Democrata (PSD), em resposta a questionamentos da oposição sobre seus negócios com a Spinumviva, consultoria fundada por ele e atualmente gerida por seus filhos. A oposição acusou o premiê de utilizar seu cargo para favorecer a empresa e receber pagamentos mensais de 4,5 mil euros de uma operadora de cassinos.

Montenegro negou qualquer irregularidade e alegou que os contratos firmados com empresas privadas não envolviam conflitos de interesse.

A moção de confiança, apresentada pelo próprio Montenegro, foi rejeitada por 142 votos contra 88 — demonstração de falta de apoio parlamentar ao governo.

Instabilidade política em Portugal

A derrota de Montenegro gerou incerteza sobre a estabilidade política do país. A pressão dos principais partidos de oposição, como o Partido Socialista (PS) e o Chega, de extrema-direita, foi fundamental para a perda do voto de confiança.

Para os portugueses, essa será a terceira ida às urnas em pouco mais de três anos. Em 2022, o escolhido foi António Costa, que renunciou em novembro de 2023, após ser alvo de uma investigação policial.

Em março de 2024, Montenegro venceu as eleições com margem apertada, derrotando o Partido Socialista por menos de dois mil votos. Agora, com a convocação de novas eleições, o cenário parece ser de instabilidade prolongada.

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