Postes de luz em aldeias da Índia conseguem afugentar tigres
Algo tão simples quanto a instalação de postes de luz alimentados com placas solares se mostrou uma ideia genial para evitar ataques de tigres em aldeias
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 10h33.
Nova Deli - Algo tão simples quanto a instalação de postes de luz alimentados com placas solares se mostrou uma ideia genial para evitar ataques de tigres em aldeias da Índia , um país onde estes felinos causam pânico.
Anamitra Anurag Danda, da organização internacional WWF no país asiático, contou à Agência Efe que já estão sendo instalados 78 destes postes de luz em aldeias de Sundarbans, uma extensa região de mangues no estado de Bengala, no leste da Índia.
Além de afugentar os tigres, a instalação das luzes solares serviu para levar eletricidade a pequenas aldeias, muitas delas distribuídas pelas ilhas do mangue, um território coberto de água pelas marés.
"Outros 30 postes estão em processo de instalação, porque ficou provado que eles evitam que os tigres desorientados cheguem às aldeias, e isso reduz o risco de ataques aos moradores", disse Danda.
Os ataques destes felinos a pessoas são um problema em muitas regiões da Índia, na qual alguns desses animais chegam a causar pânico em povoados nos quais levam a culpa pela morte de vários moradores, até o ponto de os chamarem de "devoradores de homens".
Embora no caso deste espaço natural, os ataques se devam, principalmente, a tigres desorientados, que vão nadando de ilha em ilha e encontram os moradores por acaso.
Alguns habitantes receberam com alívio a iniciativa dos postes de luz, e, de acordo com o responsável da WWF, não ocorreram vandalismos ou roubos de lâmpadas, pelo contrário. Os moradores estão satisfeitos em ver que a ideia funciona.
A região de Sandarbands, declarada Reserva da Biosfera, possui cerca de 100 tigres, um número que pode não parecer muito elevado, mas é o suficiente para que produza esses encontros indesejados com seus moradores ou com o gado.
O projeto da WWF, denominado "Lights4Stripe", é financiado a partir de crowdfunding (obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo), e é desenvolvido, preferencialmente, entre novembro e março, quando o tempo é melhor na região, com menos ventos e tempestades. As doações podem ser feitas na versão indiana do site do grupo.
A Índia conta com mais de meia centena de reservas para o tigre indiano ou de Bengala, em quase 20 dos 28 estados do país, embora a população deste felino fosse de pouco mais de 1.700 exemplares nos últimos censos, que datam de 2011.
Segundo a revisa "National Geographic", a maior parte destes animais foge da presença humana. Pouquíssimos exemplares se transformam nos temidos devoradores de pessoas, geralmente, tigres doentes ou incapazes de caçar normalmente.
Por isso, não são raras no país notícias como a do último mês de janeiro que relatava que uma tigresa tinha matado, em diferentes ataques, oito pessoas no estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia.
Ou como a que um mês antes informava de uma operação para encontrar e matar um tigre que foi apontado como causador da morte de três pessoas no estado de Karnataka, no sul do país, exatamente em uma das reservas da espécie, no Parque Nacional de Bandipur.
Nova Deli - Algo tão simples quanto a instalação de postes de luz alimentados com placas solares se mostrou uma ideia genial para evitar ataques de tigres em aldeias da Índia , um país onde estes felinos causam pânico.
Anamitra Anurag Danda, da organização internacional WWF no país asiático, contou à Agência Efe que já estão sendo instalados 78 destes postes de luz em aldeias de Sundarbans, uma extensa região de mangues no estado de Bengala, no leste da Índia.
Além de afugentar os tigres, a instalação das luzes solares serviu para levar eletricidade a pequenas aldeias, muitas delas distribuídas pelas ilhas do mangue, um território coberto de água pelas marés.
"Outros 30 postes estão em processo de instalação, porque ficou provado que eles evitam que os tigres desorientados cheguem às aldeias, e isso reduz o risco de ataques aos moradores", disse Danda.
Os ataques destes felinos a pessoas são um problema em muitas regiões da Índia, na qual alguns desses animais chegam a causar pânico em povoados nos quais levam a culpa pela morte de vários moradores, até o ponto de os chamarem de "devoradores de homens".
Embora no caso deste espaço natural, os ataques se devam, principalmente, a tigres desorientados, que vão nadando de ilha em ilha e encontram os moradores por acaso.
Alguns habitantes receberam com alívio a iniciativa dos postes de luz, e, de acordo com o responsável da WWF, não ocorreram vandalismos ou roubos de lâmpadas, pelo contrário. Os moradores estão satisfeitos em ver que a ideia funciona.
A região de Sandarbands, declarada Reserva da Biosfera, possui cerca de 100 tigres, um número que pode não parecer muito elevado, mas é o suficiente para que produza esses encontros indesejados com seus moradores ou com o gado.
O projeto da WWF, denominado "Lights4Stripe", é financiado a partir de crowdfunding (obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo), e é desenvolvido, preferencialmente, entre novembro e março, quando o tempo é melhor na região, com menos ventos e tempestades. As doações podem ser feitas na versão indiana do site do grupo.
A Índia conta com mais de meia centena de reservas para o tigre indiano ou de Bengala, em quase 20 dos 28 estados do país, embora a população deste felino fosse de pouco mais de 1.700 exemplares nos últimos censos, que datam de 2011.
Segundo a revisa "National Geographic", a maior parte destes animais foge da presença humana. Pouquíssimos exemplares se transformam nos temidos devoradores de pessoas, geralmente, tigres doentes ou incapazes de caçar normalmente.
Por isso, não são raras no país notícias como a do último mês de janeiro que relatava que uma tigresa tinha matado, em diferentes ataques, oito pessoas no estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia.
Ou como a que um mês antes informava de uma operação para encontrar e matar um tigre que foi apontado como causador da morte de três pessoas no estado de Karnataka, no sul do país, exatamente em uma das reservas da espécie, no Parque Nacional de Bandipur.