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Poroshenko acusa Rússia de "destruir segurança mundial"

O líder ucraniano aproveitou o aniversário da rendição do Japão, assinada em 2 de setembro de 1945, para pedir união contra a Rússia


	O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: "A descarada agressão russa é uma ameaça não só para a Ucrânia, mas para todo o mundo civilizado, sua segurança e estabilidade"
 (Sergei Gapon/AFP)

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: "A descarada agressão russa é uma ameaça não só para a Ucrânia, mas para todo o mundo civilizado, sua segurança e estabilidade" (Sergei Gapon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 09h55.

Kiev - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, acusou a Rússia de "destruir a segurança europeia e mundial ao anexar Crimeia e suscitar um conflito armado" no leste da Ucrânia, em mensagem à nação divulgada nesta quarta-feira por ocasião do 70° aniversário do final da guerra soviético-japonesa.

"As sangrentas lições da Segunda Guerra Mundial não podem significar nada. Parar o agressor só é possível com esforços conjuntos, como há 70 anos. (...) A descarada agressão russa é uma ameaça não só para a Ucrânia, mas para todo o mundo civilizado, sua segurança e estabilidade", advertiu Poroshenko.

O líder ucraniano aproveitou o aniversário da rendição do Japão, assinada em 2 de setembro de 1945, para chamar "todos os povos do mundo livre a atuar decididamente com um frente unida contra o agressor russo que começou uma guerra 'híbrida' contra a Ucrânia soberana".

"A Segunda Guerra Mundial não é só uma profunda cicatriz não fechada da civilização humana. Nem todo o mundo, infelizmente, tirou conclusões dessa dura lição. As questões de guerra e paz estão hoje dia no alto da agenda internacional e europeia", disse.

Poroshenko denunciou que a Ucrânia segue ameaçada por "uma guerra" por parte da Rússia, que segundo o líder ucraniano o país mantém em território ucraniano mais de 9 mil soldados.

Tanto Kiev como Ocidente acusam a Rússia de apoiar com armas e inclusive com tropas regulares os separatistas pró-Rússia sublevados nas regiões orientais ucranianas de Donetsk e Lugansk.

Segundo os últimos dados da ONU, cerca de 7 mil pessoas, entre civis e combatentes, morreram no leste da Ucrânia em 16 meses de conflito.

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