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Polícia é tratada injustamente, diz Trump após assassinato de homem negro

Trump comentou o assassinato de Rayshard Brooks, que morreu em Atlanta depois que um policial atirou duas vezes em suas costas

Trump: "É uma situação terrível, mas não podemos oferecer resistência a um policial", disse o presidente (Tom Brenner/Reuters)

Trump: "É uma situação terrível, mas não podemos oferecer resistência a um policial", disse o presidente (Tom Brenner/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de junho de 2020 às 10h34.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às 10h37.

O presidente Donald Trump disse, na quinta-feira (18), que a polícia dos Estados Unidos foi "tratada injustamente", em uma entrevista na televisão, na qual ele parecia, de alguma forma, defender o policial que matou um negro na semana passada em Atlanta.

O policial Garrett Rolfe foi acusado de assassinato na quarta-feira, cinco dias depois de matar o jovem afro-americano Rayshard Brooks, em um drama que reacendeu a indignação contra o comportamento racista no país.

"É uma situação terrível, mas não podemos oferecer resistência a um policial", disse Trump nesta entrevista à Fox News.

"Espero que o agente tenha um julgamento justo, porque a polícia foi tratada injustamente em nosso país", afirmou.

"Mas, de novo: você não pode oferecer resistência a um policial. Eles começaram a discutir e vejam como tudo terminou. Muito ruim. Muito ruim", disse Trump.

Rayshard Brooks, um pai negro de 27 anos, morreu depois que um policial branco atirou nele duas vezes nas costas em um estacionamento em Atlanta.

O agente de 27 anos queria prender Brooks por estar bêbado em via pública. Um vídeo mostrou que, após ser baleado, o policial o chutou quando ele já estava sangrando no chão.

A morte de Brooks ocorre três semanas após a morte de George Floyd, asfixiado por um policial que o asfixiou até a morte no momento de sua detenção, em Minneapolis, provocando uma onda de manifestações antirracistas e contra a brutalidade policial que se espalhou pelo mundo.

Na terça-feira, Trump anunciou que proibia técnicas policiais, como a imobilização por asfixia, exceto nos casos em que a vida do policial estivesse em perigo, e ordenou uma reforma limitada das forças da ordem.

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