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Pfizer venderá mais medicamentos a preço de custo a países pobres

Em maio, a farmacêutica começou a ofertar sem fins lucrativos 23 de seus medicamentos patenteados a países pobres

Fórum Econômico Mundial: a Pfizer disse que agora incluirá medicamentos sem patente (Rafael Henrique/Getty Images)

Fórum Econômico Mundial: a Pfizer disse que agora incluirá medicamentos sem patente (Rafael Henrique/Getty Images)

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AFP

Publicado em 17 de janeiro de 2023 às 19h01.

Última atualização em 17 de janeiro de 2023 às 19h09.

O gigante farmacêutico americano Pfizer anunciou nesta terça-feira, 17, que ampliará consideravelmente a quantidade de medicamentos e vacinas que vende sem fins lucrativos aos países mais pobres do mundo.

Em um anúncio na reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, a Pfizer disse que começará a vender a preço de custo, para 45 países de baixa renda, a lista completa de produtos aos quais tem direitos globais.

Em maio, a farmacêutica começou a ofertar sem fins lucrativos 23 de seus medicamentos patenteados a países pobres.

A Pfizer disse que agora incluirá medicamentos sem patente, com os quais o número total de produtos oferecidos se elevará a cerca de 500. A medida faz parte de uma iniciativa conhecida como "Um acordo para um mundo mais saudável", anunciada em Davos no ano passado.

"Lançamos o acordo para ajudar a reduzir o evidente abismo de igualdade em saúde que existe em nosso mundo", disse o presidente e diretor-geral da Pfizer, Albert Bourla, em nota.

Sobre a nova iniciativa, Bourla acrescentou: "Espero que nos ajude a alcançar e até acelerar nossa visão de um mundo onde todas as pessoas tenham acesso aos medicamentos e vacinas de que precisam para viver uma vida mais longa e saudável".

A Pfizer disse que a ampliação ajudará a lidar com o "peso das doenças e as necessidades não atendidas dos pacientes" de 1,2 bilhão de pessoas que vivem em 45 países de baixa renda.

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"A oferta agora inclui medicamentos e vacinas patenteados e não patenteados que tratam ou previnem muitas das maiores ameaças de doenças infecciosas e não transmissíveis enfrentadas atualmente nos países de baixa renda", disse a Pfizer.

"Isto inclui quimioterapias e tratamentos orais contra o câncer que têm potencial de tratar quase 1 milhão de novos casos de câncer nos países do acordo a cada ano", completou o laboratório.

Os países em desenvolvimento enfrentam 70% da carga de doenças do mundo, mas recebem apenas 15% do gasto mundial em saúde, o que leva a resultados devastadores.

Na África Subsaariana, uma em cada 13 crianças morre antes de completar 5 anos, em comparação com uma a cada 199 nos países de alta renda.

As taxas de mortalidade relacionadas ao câncer também são muito mais altas nos países de baixa e média renda, causando mais mortes até mesmo que a malária na África todos os anos.

Tudo isso ocorre em um contexto de acesso limitado aos medicamentos mais modernos. Medicamentos e vacinas essenciais geralmente levam de quatro a sete anos a mais para chegar aos países mais pobres, e problemas em redes de abastecimento e sistemas de saúde com poucos recursos dificultam seu recebimento pelos pacientes depois de aprovados.

A Pfizer, que registrou lucro de US$ 8,6 bilhões no terceiro trimestre, também fez um acordo em paralelo no ano passado para fornecer milhões de doses de seu medicamento oral para tratamento da covid-19, o Paxlovid, para países de baixa e média renda.

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