Mundo

Pela primeira vez, Brasil questiona inabilitação de candidata da oposição na Venezuela

Inscrição de candidaturas para eleição de 28 de julho terminou nesta segunda-feira

Maria Corina Machado, principal líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro (Gaby Oraa/Getty Images)

Maria Corina Machado, principal líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro (Gaby Oraa/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 26 de março de 2024 às 15h58.

Última atualização em 26 de março de 2024 às 16h06.

O governo brasileiro divulgou uma nota, nesta terça-feira, em que expressa preocupação com a inabilitação de candidatos que vão concorrer com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho deste ano. Em nota, o Itamaraty questionou a retirada de Corina Yoris, candidata da oposição pela Plataforma Unitária.

"Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial", destacou o Itamaraty.

Depois de María Corina Machado ter sido declarada inelegível por 15 anos, Corina Yoris teve a mesma punição. Agora, o candidato é Miguel Rosales, governador de Zulia.

Na nota, o Itamaraty lembra que, esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país. Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitária.

"O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil", ressaltou o comunicado.

Ao mesmo tempo, a nota reforça a posição brasileira de considerar ilegais as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos à Venezuela.

"O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo".

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaNicolás MaduroEleições

Mais de Mundo

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país

Os países com as maiores reservas de urânio do mundo