Velas e mensagens de cura para o Papa Francisco são colocadas na estátua de João Paulo II do lado de fora do hospital Gemelli, onde o Papa está hospitalizado com pneumonia, em Roma, em 26 de fevereiro de 2025. (Foto de Alberto PIZZOLI / AFP) (Alberto PIZZOLI/AFP)
Editor de Macroeconomia
Publicado em 21 de abril de 2025 às 07h02.
Última atualização em 21 de abril de 2025 às 08h48.
Em abril do ano passado, o Papa Francisco aprovou uma nova edição do livro litúrgico que orienta os ritos funerais papais. O pontífice morreu na madrugada desta segunda-feira, 21.
O documento, chamado Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, será usado na missa fúnebre do pontífice, ainda sem data anunciada, segundo o Vaticano.
A segunda edição do livro introduz diversas mudanças, incluindo a forma como o corpo do papa deve ser tratado após a morte.
Pela nova norma, a constatação do óbito não ocorre mais no quarto onde ele faleceu, mas sim na capela. O corpo também passa a ser colocado imediatamente no caixão.As modificações refletem um pedido direto de Francisco. Segundo o arcebispo Diego Ravelli, mestre das cerimônias apostólicas, o papa desejava que os ritos fossem simplificados e que o foco estivesse na fé da Igreja na ressurreição de Cristo.
A mudança marca uma ruptura com a pompa de funerais papais anteriores, como o de João Paulo II, em 2005.
O Papa Francisco retornou à Casa Santa Marta, sua residência no Vaticano, após 38 dias internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli.
Ele havia sido hospitalizado em 14 de fevereiro de 2025 com bronquite, e posteriormente diagnosticado com pneumonia bilateral.
A expectativa é que a cerimônia siga as novas diretrizes definidas por ele mesmo, em vida, como parte de uma visão pastoral mais simples e próxima do povo.