Agência de notícias
Publicado em 24 de março de 2025 às 15h44.
Última atualização em 24 de março de 2025 às 15h57.
O mundo corre o risco de reviver os piores momentos da pandemia de aids, depois que os Estados Unidos cortaram a ajuda ao exterior, alertou nesta segunda-feira, 24, a Unaids, acrescentando que pode haver milhões de mortos.
A diretora da Unaids, Winnie Byanyima, afirmou que se a ajuda dos EUA não for restabelecida, ou se nenhum outro Estado preencher esse vazio, haverá "6,3 milhões de mortes adicionais relacionadas à aids" nos próximos quatro anos.
"Estamos falando de dez vezes mais", explicou Byanyima aos jornalistas em Genebra.
"Vamos ver pessoas morrendo como vimos nas décadas de 1990 e 2000", declarou a alta funcionária.
Os EUA têm sido historicamente o maior doador de ajuda humanitária, no entanto, o presidente Donald Trump impôs cortes à ajuda internacional, gerando preocupação sobre as consequências.
"A longo prazo, veremos a pandemia de aids ressurgir em escala mundial, não apenas em países de baixa renda, como na África, mas também, em populações da Europa Oriental e América Latina", afirmou.
Para Byanyima, existe o risco de perder as conquistas alcançadas nos últimos 25 anos.
A declaração de Byanyima destaca a seriedade da situação, sugerindo que o corte de ajuda pode reverter décadas de progresso no combate à aids, afetando tanto países de baixa renda quanto populações em outras regiões que já haviam alcançado avanços significativos no tratamento e prevenção da doença.