Campo no RN: entre 2016 e 2022, as operadoras independentes foram responsáveis pelo aumento de 30% da produção de petróleo e gás natural em terra no Brasil. (ABPIP/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 3 de abril de 2023 às 18h38.
Última atualização em 3 de abril de 2023 às 18h40.
Apesar de não ter a maior reserva de petróleo do mundo (título que é da Venezuela), os Estados Unidos são os maiores produtores do combustível fóssil do planeta. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, o país produziu 16,58 milhões de barris de petróleo por dia em 2021, o que corresponde a 18% do total. A Arábia Saudita veio logo atrás, com 10,95 milhões de barris por dia.
Todos os dias são produzidos 89,8 milhões de barris de petróleo por dia em todo o mundo. O Brasil ocupa a nona posição, com uma produção diária média de 2,98 milhões de barris, sendo 3% do mercado global. Em janeiro de 2023, a produção de petróleo no país teve um resultado mensal recorde: 3,27 milhões de barris por dia.
O número significa um crescimento de 6,5% em relação a dezembro e de 8% na comparação com janeiro de 2022. Os dados fazem parte do boletim mensal divulgado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Antes, o maior volume de petróleo tinha sido registrado em outubro de 2022: 3,14 milhões.
As reservas do pré-sal, que incluem 141 poços, foram responsáveis por 75,9% da produção brasileira em janeiro de 2023, com 3,16 milhões de barris. Em relação ao mês anterior, crescimento de 6,1%. Ao considerar janeiro de 2022, a produção subiu 8,8%. O número de janeiro no pré-sal também foi o maior registrado até agora. Antes, o período com a maior marca era outubro de 2022, quando a produção foi de 3,14 milhões.
Alguns países da Opep+, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, farão cortes adicionais voluntários em sua produção da commodity de 1,66 milhão de barris por dia até o fim de 2023.
Em comunicado divulgado após reunião ministerial no começo de abril, a Opep confirmou que alguns de seus integrantes reduzirão sua oferta em 1,16 milhão de barris. Apenas a Arábia Saudita responderá por um corte de 500 mil barris de petróleo por dia.
Outras reduções serão feitas no Iraque (211 mil), Emirados Árabes Unidos (144 mil), Kuwait (128 mil), Casaquistão (78 mil), Argélia (48 mil), Omã (40 mil) e Gabão (8 mil).
Além disso, a Rússia, que integra a Opep+, estenderá o atual corte de 500 mil barris de petróleo por dia em sua produção até o fim de 2023, trazendo a redução total na oferta a 1,66 milhão, detalhou a Opep.
Ainda no comunicado, a Opep diz que a decisão é uma medida preventiva com o "objetivo de sustentar a estabilidade do mercado de petróleo".
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)