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Órgãos de saúde pedem mais medidas de controle após 1º caso de mpox na Europa

Suécia informou que houve um contágio no país; esse é o primeiro caso fora da África

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 16 de agosto de 2024 às 12h57.

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As agências de saúde europeias pediram nesta sexta-feira, 16, que as medidas de controle sejam reforçadas após a detecção do primeiro caso de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) fora da África, para reduzir o risco de transmissão generalizada.

O caso foi detectado na quinta-fera, 15, na Suécia, mas o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) afirmou, em uma avaliação de risco atualizada, que mais casos importados de mpox são “altamente prováveis”, mas descartou a possibilidade de transmissão contínua se medidas rápidas forem tomadas.

“A probabilidade de transmissão contínua na Europa é muito baixa, desde que os casos importados sejam diagnosticados rapidamente e as medidas de controle sejam implementadas”, afirmou o ECDC, que tem sede em Estocolmo.

O ECDC solicitou a garantia de vigilância eficaz, testes laboratoriais, investigação epidemiológica e capacidade de rastreamento de contatos, iniciativas semelhantes às solicitadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A identificação da primeira infecção por mpox de variante 1b na Suécia destaca a necessidade de os países afetados enfrentarem o vírus juntos”, alertou o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X (ex-Twitter).

Tedros pediu que sejam aplicadas as “lições” aprendidas em emergências internacionais de saúde pública anteriores e pediu maior vigilância e “trabalho conjunto para entender a transmissão” por meio do compartilhamento de informações e ferramentas como vacinas.

“Também peço aos governos, às autoridades de saúde e ao público em geral que não estigmatizem ou discriminem indivíduos ou comunidades afetadas pela mpox”, declarou o diretor da OMS-Europa, Hans Kluge.

Kluge lembrou que o surto de mpox em 2022 foi “rapidamente combatido” por meio de parcerias com as comunidades afetadas, tomando medidas de proteção adequadas e criando um ambiente de “apoio”.

Suécia não toma medidas

As autoridades suecas relataram ontem um caso na região de Estocolmo, de uma pessoa que esteve na região da África afetada pelo surto, o primeiro fora daquele continente, o que Kluge disse ser “uma questão de tempo”.

A diretora geral interina da Agência Sueca de Saúde Pública, Olivia Wigzell, explicou que a pessoa infectada já está em tratamento e que não se considera que o risco para a população sueca tenha aumentado, portanto não foram tomadas medidas adicionais de controle de infecção.

O Ministério das Relações Exteriores da Suécia informou nesta sexta-feira que não desaconselha viagens a nenhum país devido ao risco de contrair mpox, dois dias depois que a OMS declarou o atual surto na República Democrática do Congo (RDC), que se espalhou para países vizinhos, uma emergência de saúde pública de alcance internacional.

A nova variante pode ser facilmente transmitida por meio de contato próximo entre dois indivíduos, sem a necessidade de contato sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022, que levou a um alerta semelhante, suspenso em maio depois que a disseminação foi contida e a situação foi considerada sob controle.

Vacinas para crianças e adolescentes

A empresa farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic anunciou nesta sexta-feira que solicitou à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) a extensão da aprovação para uso em adolescentes de sua vacina mpox, a única aprovada pelas autoridades competentes em Europa e Estados Unidos.

“Os resultados provisórios dos estudos clínicos não mostram uma resposta imunológica inferior das vacinas em adolescentes e oferecem perfis de segurança semelhantes em comparação com os adultos, o que apoia uma extensão da autorização atual na Europa para além de 2024”, disse a empresa em comunicado.

A Bavarian Nordic lembrou que, embora atualmente indicada apenas para uso em pessoas com 18 anos ou mais, a vacina já recebeu autorização emergencial do FDA durante a epidemia global de varíola em 2022 para uso em jovens de 12 a 17 anos.

A empresa dinamarquesa revelou que também está preparando outro estudo para avaliar o uso da vacina em crianças de 2 a 12 anos, parcialmente financiado pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias.

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